Você ainda vai usar objetos autônomos e gêmeos digitais
A Gartner é uma conhecida empresa de consultoria fundada em 1979. Entre os seus trabalhos, ganham destaque no mercado as pesquisas por tendências, com informações estratégicas para os negócios de tecnologia da informação (TI). Com o início do ano, é interessante observar quais serão as principais tendências nessa área. Segundo a consultoria, a inovação será pautada por tecnologias como blockchain, computação quântica, análise aumentada e inteligência artificial (IA). A seguir, um resumo de cada uma das principais tendências, em ordem alfabética.
Análise aumentada
Seguindo a explosão do Big Data nos últimos anos, a Gartner mapeia uma terceira onda de análise de dados. De forma simplificada, a análise aumentada significa o uso de algoritmos para tirar conclusões com o uso de dados. Segundo a Forbes, até 2020 cada pessoa gerará até 1,7 megabyte por segundo, enquanto o volume total de dados deve atingir 55 zettabyes, ou 44 trilhões de gigabytes. Com um volume tão representativo, é necessário o uso de aprendizado de máquina para a sua análise. Por essa razão, esse processo deve ser automatizado para a extração de insights mais relevantes.
Borda potencializada
Diferentemente da computação em nuvem, a borda se refere ao processamento local de informações, evitando um grande tráfego de dados para a nuvem. Por exemplo, em um sistema de IoT as informações são processadas no próprio dispositivo em sincronia com o sistema. Dessa forma, reduz-se a latência do fluxo de dados e os custos em infraestrutura de rede. Para o futuro, a Gartner prevê a potencialização dessa tecnologia com o uso de equipamentos de conexão distribuídos, de dispositivos industriais à smartphones. Segundo a consultoria, até 2028 esse processo deve ser expandido a sensores, ferramentas de armazenamento e de IA.
Computação quântica
A computação quântica é um novo paradigma diferente daqueles que hoje conhecemos. Em seu conceito, ela utiliza conceitos de física quântica para tornar a computação mais eficiente por meio da representação de informações como partículas subatômicas — os chamados qubits. Apesar de não existirem soluções comerciais dessa tecnologia, empresas como IBM e Microsoft estão investindo em modelos viáveis para os próximos anos.
Desenvolvimento com IA
Com o desenvolvimento dos algoritmos de IA, cada vez mais essa tecnologia deve ser integrada ao processo de desenvolvimento. Visando esse mercado, fornecedoras de tecnologia estão oferecendo e criando formas de integrá-la com novas aplicações sem a necessidade do envolvimento de um especialista em dados. Como resultado, podemos esperar o uso da IA na programação de códigos para programas mais eficientes. Assim, desenvolvedores terão mais recursos de programação e a capacidade de automatizar testes para otimizar aplicações.
Espaços inteligentes
Com a tecnologia cada vez mais integrada ao nosso dia a dia, o surgimento de espaços inteligentes deve se acelerar. São locais físicos ou digitais de interação entre humanos e sistemas de tecnologia. Assim, as interações devem se tornar mais naturais com o uso de IA tornando esses espaços mais colaborativos. Um exemplo desses processos são as cidades inteligentes, onde toda a infraestrutura de negócios, residencial e industrial são conectadas a um sistema inteligente. Dessa forma, surgem formas otimizadas de gestão e também de mobilidade. No Brasil, a cidade de Itatiba, em São Paulo, já aplica a tecnologia para criar espaços inteligentes.
Gêmeos digitais
Os gêmeos digitais são representações fiéis de objetos reais. Em uma indústria um equipamento pode ser remontado digitalmente para a realização de testes e manutenção preditiva, por exemplo. Com o uso de IoT, os gêmeos digitais podem melhorar a tomada de decisões ao manter objetos e as suas cópias sincronizados em um modelo robusto de monitoramento em tempo real. Em termos de negócios, a tecnologia traz maior eficiência e redução de custos com manutenção.
Objetos autônomos
Com o uso de IA e Internet das Coisas (IoT), a automatização de objetos ganhou notoriedade no ano passado. Exemplos incluem carros, equipamentos agrícolas e robôs para realizarem tarefas sem a intervenção humana. Por exemplo, a Uber já realiza testes de carros sem motoristas para atender aos clientes. Com o desenvolvimento dessa tecnologia, devemos ver interações mais naturais com esse tipo de equipamento em 2019. Drones autônomos poderão realizar tarefas mais complexas no mercado agrícola, como aplicar agroquímicos com maior precisão em áreas rurais, reduzindo custos e danos ao meio ambiente, por exemplo.
Tecnologias imersivas
Atualmente, novas formas de interação com a tecnologia estão em desenvolvimento. Conceitos como realidade aumentada, mista e virtual devem seguir ganhando força, com potencial de aumento de produtividade e a criação de novas experiências. Segundo a Gartner, até 2022 70% das empresas terão aplicações com tecnologias imersivas para a interação com clientes, enquanto 25% terão aplicações para produtividade. Como exemplo, a fabricante de elevadores ThyssenKrupp já aplica realidade aumentada na manutenção de seus equipamentos com o uso do HoloLens, da Microsoft.
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