Mercado eleva estimativa de inflação para 7,58%

Previsão para expansão do PIB caiu de 5,22% para 5,15%
Em julho, a inflação subiu 0,96%, o maior resultado para o mês desde 2002, quando a alta ficou em 1,19%

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, subiu de 7,27% para 7,58%, neste ano. É a 22ª elevação consecutiva na projeção. A estimativa está no boletim Focus, pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos.

A projeção para 2021 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%. Em julho, a inflação subiu 0,96%, o maior resultado para o mês desde 2002, quando a alta ficou em 1,19%. Com o resultado, o IPCA acumula um avanço de 4,76%, no ano, e 8,99%, nos últimos 12 meses.

Os dados de agosto devem ser divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na próxima quinta-feira (9), mas o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, registrou índice de 0,89% no mês passado, a maior variação do IPCA-15 para um mês de agosto desde 2002 (1%).

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 5,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2021 em 7,63% ao ano.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas podem dificultar a recuperação da economia.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

As instituições financeiras consultadas pelo BC reduziram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 5,22% para 5,15%. A expectativa para a cotação do dólar subiu de R$ 5,15 para R$ 5,17 para o final deste ano.

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Com Agência Brasil

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