Caminhoneiros fazem nova paralisação

Terminou sem acordo a reunião entre caminhoneiros e representantes do governo na quarta-feira (22), em Brasília. Os caminhoneiros buscavam a aprovação de uma tabela de frete mínimo, o que não ocorreu. Protest...

Terminou sem acordo a reunião entre caminhoneiros e representantes do governo na quarta-feira (22), em Brasília. Os caminhoneiros buscavam a aprovação de uma tabela de frete mínimo, o que não ocorreu. Protestando muito, os trabalhadores saíram da reunião dizendo que voltarão a fazer greve em todo o país. No dia 26 de março, uma reunião entre governo, caminhoneiros e embarcadores terminou sem acordo. Na ocasião, o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, disse que o governo pediu prazo para analisar a proposta de tabelamento. Na reunião de quarta, no entanto, o governo rejeitou a criação do frete mínimo. Ao ouvirem a posição de Rodrigues e do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, os caminhoneiros abandonaram a reunião, protestando e gritando: “O Brasil vai parar!”.

Eles esperavam que o governo considerasse a autorização de uma tabela de fretes, uma vez que já havia afastado a possibilidade de reduzir o preço do óleo diesel, outra reivindicação dos caminhoneiros, exposta na paralisação de fevereiro. A tabela de frete mínimo, buscada pelos caminhoneiros, aumentaria em torno de 30% o valor do frete praticado hoje. Eles alegam que esse valor é necessário para cobrir os gastos com o transporte e protegê-los de oscilações do mercado que, segundo eles, costumam repassar a baixa lucratividade no preço do frete. “Essa tabela garantiria a cobertura de todos os gastos do transporte. Caso algum problema venha a acontecer no agronegócio, por exemplo, que não seja o transporte a pagar por isso. Que não possa ser contratado um frete abaixo do custo. Essa é uma tabela de custo e não de lucratividade”, explicou Gilson Baitaca, representante dos caminhoneiros autônomos.

Bloqueios

As manifestações de caminhoneiros tornaram-se mais intensas na tarde desta quinta-feira (23), segundo o mais recente balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), às 18h. Eles bloqueiam 17 pontos de dez rodovias federais em quatro estados do país – Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Ceará. Pela manhã, eram 14 interdições parciais.

No Ceará, os caminhoneiros bloqueiam totalmente a rodovia BR-116, na altura do quilômetro 204, próximo ao município de Tabuleiro do Norte desde as 15h, de acordo com a PRF. As demais interrupções são parciais. Em Mato Grosso, seis pontos de duas BRs (163 e 364) estão interditados. No Paraná, foram registrados cinco interdições em quatro rodovias (BRs 277, 186, 163 e 368). Ocorrem ainda protestos em cinco pontos de rodovias do Rio Grande do Sul (BRs 285, 472, 158, 153).

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Sábado, 23 Novembro 2024

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