Brasileiros afirmam que a economia vai melhorar nos próximos seis meses

Maior parte da população avalia que houve avanço em relação ao primeiro trimestre
O Sul tem a pior percepção: a avaliação de 18% da população é de que a economia está ótima ou boa e 43% afirmam perceber a economia como ruim ou péssima

A economia brasileira vai melhorar nos próximos seis meses. Essa é avaliação de 53% dos brasileiros acima de 16 anos, de acordo com o Retratos da Sociedade Brasileira Economia e População, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Para 22% da população, a situação tende a piorar e 21% acreditam que nada deve mudar. Foram ouvidas 2.004 pessoas nas 27 Unidades da Federação, entre 14 e 19 de setembro. As entrevistas foram feitas pelo Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI).

A pesquisa mostra que 24% da população considera boa ou ótima a situação atual da economia, 36% afirmam que a situação é regular e 38% dizem que a situação é ruim ou péssima. A percepção varia conforme a região. Na região Nordeste, 32% afirmam que o desempenho da economia está ótimo ou bom e 30% ruim ou péssima. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, o percentual de quem assinalou ótima ou boa caiu para 23% e a avaliação de que está ruim ou péssima sobe para 44% dos entrevistados. No Sudeste, 20% marcaram ótima ou boa e 39% assinalaram ruim ou péssima. O Sul tem a pior percepção: a avaliação de 18% da população é de que a economia está ótima ou boa e 43% afirmam perceber a economia como ruim ou péssima.

Apesar da avaliação menos positiva sobre o momento atual da economia, 45% da população considera que a situação já foi pior. Este é o percentual de brasileiros que afirmam que a economia melhorou nos últimos seis meses. E, entre os que consideram a situação da economia atual como ruim ou péssima, 17% avaliam que ela está melhor do que no primeiro trimestre. O gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo, explica a importância das expectativas positivas da população para os próximos seis meses. "Na medida em que o consumidor se vê confiante na economia ele se vê confortável a fazer consumo, especialmente de bens de maior valor. Isso tende a trazer resultados positivos não só para a indústria, como para a economia como um todo", afirma.

Para 49% dos brasileiros, os preços dos produtos consumidos por eles aumentaram, no entanto, 32% consideram que os preços diminuíram e 18% disseram que está igual nos últimos seis meses. A expectativa é de elevação dos preços nos próximos seis meses para 46% da população, enquanto 29% acreditam que a inflação vai começar a cair. Além disso, 48% dos entrevistados afirmam que as taxas de juros de suas compras ou de suas dívidas aumentaram nos últimos seis meses e 9% disseram que caíram. A projeção para os próximos seis meses para 39% da população é de aumento nos juros dos financiamentos pessoais, enquanto 24% avaliam que os juros devem cair.

Os dados mostram que 33% da população afirma que o desemprego aumentou entre as pessoas próximas nos últimos seis meses, 41% disseram que a situação permanece igual e 22% afirmam que o desemprego diminuiu. A expectativa é de que o desemprego aumente para 30% dos entrevistados e que caia para 31%. A percepção de aumento da pobreza na região e nos ambientes em que 32% dos entrevistados frequentam se expandiu nos últimos seis meses, permaneceu igual para 49% dos brasileiros e caiu 26%. Para os próximos seis meses, 29% dos brasileiros afirmam que a pobreza ao seu redor vai aumentar e outros 29%, o mesmo percentual, acreditam que a pobreza será menor.

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Domingo, 24 Novembro 2024

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