Pandemia acelera digitalização dos 50+ no Sul
O banco digital Agibank, em parceria com a consultoria Núcleo 60+, desenvolveu o estudo inédito "50+: novos tempos, novos hábitos". O estudo mapeou as principais mudanças no comportamento das pessoas com mais de 50 anos no Brasil durante a pandemia e também suas preferências no relacionamento com as instituições financeiras.
Em geral, a pandemia evidenciou a experiência digital desse público. O uso do celular foi o que mais cresceu: 54% da população 50+ dos estados do Sul registraram aumento em sua utilização. O dispositivo foi o mais popular na região: 91% dos 50+ possuem um celular ou smartphone e 81% têm acesso à internet pelo celular. Além disso, 47% têm computador/notebook e 50% uma Smart TV em casa.
O cartão de débito/crédito foi a forma mais utilizada para movimentações financeiras, por 45% dos maduros do Sul. Entre os mais jovens, esse percentual cai para 33%. Outro destaque foi que 31% dos 50+ costumam sacar toda a renda para usar o dinheiro em espécie ao longo do mês, acima da média nacional, de 26%. Na faixa entre 30 e 49 anos da região, esse volume é de apenas 8%. Os caixas eletrônicos 24 horas foram escolhidos por 34% dos maduros para movimentar seus recursos, enquanto 27% utilizam os aplicativos dos bancos.
No relacionamento com as instituições financeiras, houve equilíbrio entre os meios digitais e físicos. O uso do caixa eletrônico da agência apareceu em primeiro lugar, para 18%, seguido pelo uso do aplicativo do banco no celular, para 17%, o que reforça a diversificação dos meios usados pela população mais velha e o omnichannel como tendência também para o setor financeiro.
No que diz respeito aos canais de compra para a população da região Sul, 21% registraram crescimento da compra online, um pouco abaixo do aumento de 28% na média nacional. Os serviços de delivery tiveram uma expansão ainda tímida entre os mais velhos: no Sul, apenas 13% apontaram maior uso durante a pandemia, já no restante do país, esse número sobe para 26%. Para um momento pós-pandemia, o que se pode prever é que o público maduro seguirá buscando uma maior complementação de canais de atendimento, com foco em uma experiência diferenciada no ponto físico, algo que atualmente não se pode obter da mesma forma no digital.
"Os 50+ são o grupo que mais cresce e vai seguir crescendo no Brasil – hoje são 54 milhões e, até 2050, devem chegar a 98 milhões de pessoas – e, por não serem nativos digitais, demandam atendimento próximo e assessoramento. Mais do que oferecer produtos e serviços, queremos contribuir para que os maduros consigam gerir sua vida financeira com mais autonomia", afirma Saulo Barbosa, líder de marketing do Agibank.
Sobre o estudo
A pesquisa, realizada entre os meses de setembro e outubro de 2020, teve abrangência nacional e coletou dados de 1.464 pessoas, sendo 1.006 indivíduos com 50 anos ou mais, dentro da amostra principal, e os outros 458 de 30 a 49 anos, que formaram a amostra controle.
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