Maior consumo de orgânicos anima novo CEO da Jasmine Alimentos
Aos 31 anos, Rodolfo Tornesi Lourenço acaba de assumir o cargo de CEO da Jasmine Alimentos, seu maior desafio numa trajetória iniciada em 2009 como estagiário do departamento jurídico, quando ainda era estudante de direito. A empresa de origem paranaense – que hoje pertence ao grupo francês Nutrition et Santé e é apenas um ano mais nova que seu maior executivo – é líder no segmento de alimentação saudável no mercado brasileiro e fez o anúncio durante um evento on-line para os colaboradores no fim de agosto.
A história da Jasmine e os dados que apontam tendência de expansão no consumo de alimentos orgânicos indicam cenário positivo e franco potencial de crescimento, diz Lourenço, que até então ocupava a diretoria de inovação e transformação. Durante a pandemia, a empresa manteve a posição de mercado e cresceu em alguns segmentos. As vendas cresceram 18% no primeiro semestre, acima da meta de 15%.
Pioneira em seu segmento e com tradição no investimento em tecnologias e inovação, a Jasmine lançou diversos produtos nos últimos meses como os biscoitos saudáveis inspirados na série Detetives do Prédio Azul, do Gloob (canal infantil das Organizações Globo), e os novos sabores de pães sem glúten e granolas. Ainda neste mês vai apresentar ao mercado duas versões de granola – Integral com Maçã e Canela e Zero Açúcar Tradicional – no tamanho família.
A parceria firmada com a Amazon em 2020 para a venda de produtos da marca teve bom desempenho. "Desde que começamos a comercialização, vendemos mais de 100 mil unidades por esse canal. Isso mostra que o consumidor está ainda mais propenso a comprar de forma on-line", destaca Rodolfo. Por esse motivo, a empresa acelera o processo de criação de um e-commerce próprio, que deverá ser lançado ainda em 2021.
"Desde que entrei na companhia, sempre tive o caminho aberto para crescer, progredir e inovar. Agora, na função de CEO, vou continuar assumindo responsabilidades e superando os desafios ao lado de todo o time para manter a Jasmine no topo da preferência dos brasileiros", afirma.
Outra novidade é a criação de um comitê interno de sustentabilidade, que nasce com o objetivo de promover debates em profundidade e aprimorar o planejamento e as aplicações de ações voltadas ao tema, além de identificar oportunidades de melhorias nos negócios. "Pensar sustentável é ter a certeza de que o que estamos construindo hoje será o legado para o nosso futuro."
A Jasmine está presente em todos os estados brasileiros e exporta para o Uruguai, com projeção de expansão neste canal. O portfólio da marca tem mais de 130 itens elaborados com matérias-primas rigorosamente selecionadas.
Desse total, 15% dos produtos são orgânicos, certificados pelo Instituto Biodinâmico (IBD), de acordo com normas internacionais de controle e rastreabilidade, desde a produção no campo até o processamento e empacotamento, 100% zero lactose, 92% veganos e 27% glúten free.
Os produtos são encontrados pelos consumidores nas principais redes de supermercados e em lojas especializadas, de conveniência, farmácias e drogarias. Além disso, a maior parte dos produtos está disponível na Amazon, com entrega em todo território nacional.
A Jasmine foi fundada na década de 1990 pelo empresário Christophe Allain que, junto com a esposa Rosa, desde 1970, dava os primeiros passos para abrir a empresa ao oferecer aos amigos alimentos macrobióticos – alimentação da qual era adepto.
A partir daí, o casal criou um pequeno negócio de alimentos naturais, integrais e orgânicos, que ao longo dos anos se transformou num dos principais players do setor e hoje fatura aproximadamente R$ 200 milhões.
Quando a Jasmine foi vendida à empresa francesa Nutrition et Santé – líder na categoria "health and wellness" de orgânicos e funcionais na Europa e subsidiária da farmacêutica japonesa Otsuka – em agosto de 2014, Lourenço, já então graduado e especialista em due diligence, atuou de forma ativa nesse processo.
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