Vendas no comércio crescem 0,9% em abril

É a quarta alta consecutiva do índice
Tecidos, vestuários e calçados contribuíram para a alta de 0,9% das vendas no varejo

O volume de vendas do comércio varejista no país cresceu 0,9% em abril, na comparação com março, apresentando o quarto mês consecutivo de alta. Contra igual período do ano passado, o avanço foi de 4,5%. Nos primeiros quatro meses do ano, o setor acumulou aumento de 2,3%, e, nos últimos 12 meses, de 0,8%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE.

No comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas apresentou aumento de 0,7% frente a março." Os quatro meses do ano foram positivos, mas vêm em trajetória decrescente: de 2,4% em janeiro para 0,9% em abril. O crescimento é consistente, porém desigual. Como um todo, o comércio varejista está 4% acima do patamar pré-pandemia, em fevereiro de 2020. Mas entre as atividades está desigual", avalia Cristiano Santos, gerente da pesquisa.

Entre as atividades acima do patamar pré-pandemia, Santos destaca artigos farmacêuticos (17,7%), material de construção (9,1%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,3%). Abaixo do patamar pré-pandemia estão equipamentos e material de escritório (-11,7%), móveis e eletrodomésticos (-10,7%), tecidos, vestuários e calçados (-8,6%). Na comparação com março, metade das oito atividades tiveram avanço no volume de vendas. No campo positivo, móveis e eletrodomésticos (2,3%), tecidos, vestuário e calçados (1,7%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,4%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,1%).

no campo negativo ficaram combustíveis e lubrificantes (-0,1%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,1%), livros, jornais, revistas e papelaria (-5,6%) e equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-6,7). Para o varejo ampliado, tanto a atividade de veículos, motos, partes e peças (-0,2%) quanto de material de construção (-2%) tiveram resultados negativos. "O resultado pendeu para o positivo influenciado pelo crescimento de tecidos, vestuários e calçados e móveis e eletrodomésticos. Hiper e super tiveram queda, mas as atividades que cresceram têm peso alto também", explica Santos.

Vendas no comércio crescem 4,5% em relação a abril de 2021
Na comparação interanual, o comércio cresceu 4,5% com resultados positivos em cinco das oito atividades pesquisadas. Tecidos, vestuário e calçados (33,9%), combustíveis e lubrificantes (9,7%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,0%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (3,5%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,5%).

Por outro lado, três atividades registraram queda na comparação interanual: móveis e eletrodomésticos (-8,7%), livros, jornais, revistas e papelaria (-0,9%) e equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-0,5%). Considerando o comércio varejista ampliado, veículos e motos, partes e peças registrou queda de 2,1% e material de construção caiu 10,1%. "No comércio varejista ampliado, a atividade de veículos e motos, partes e peças, teve queda de 2,1% frente a abril de 2021, primeira após cinco meses consecutivos de crescimento. Material de construção caiu 10,1% frente a abril de 2021, contra aumento de 1,2% no mês anterior", complementa Santos.

Mais sobre a Pesquisa Mensal de Comércio
A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no País, investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio varejista. Iniciada em 1995, a PMC traz resultados mensais da variação do volume e receita nominal de vendas para o comércio varejista e comércio varejista ampliado (automóveis e materiais de construção) para o Brasil e Unidades da Federação.

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Segunda, 25 Novembro 2024

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