Prévia da inflação tem alta de 0,51% em maio

O IPCA-15 foi influenciado pelo aumento do preço do leite longa vida
Preço do leite longa vida subiu 6,03% e exerceu a maior influência positiva em maio (Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias)

A prévia da inflação ficou em 0,51% em maio, 0,06 ponto percentual abaixo da taxa registrada em abril (0,57%). As maiores influências vieram dos grupos de alimentação e bebidas, que registrou aceleração de 0,04%, em abril, para 0,94%, em maio, e saúde e cuidados pessoais (1,49%). No ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo IBGE, acumula alta de 3,12% e, em 12 meses, de 4,07%, abaixo dos 4,16% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2022, a taxa foi de 0,59%. Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em maio. Os preços de alimentos e bebidas tiveram influência de 0,2 ponto percentual no índice geral e avançaram 0,94%, puxados pela alta na alimentação no domicílio (1,02%), com o leite longa vida (6,03%) exercendo o maior impacto no mês, além de altas nos preços do tomate (18,82%), da batata-inglesa (6,6%) e do queijo (2,42%). No lado das quedas, os destaques foram o óleo de soja (-4,13%) e as frutas (-1,52%).

Também teve influência de 0,2 ponto percentual o grupo de saúde e cuidados pessoais, que apresentou alta de 1,49%. Os produtos farmacêuticos tiveram alta de 2,68%, após autorização do reajuste de até 5,6% no preço dos medicamentos a partir de 31 de março. Os itens de higiene pessoal tiveram aceleração de 0,35% em abril para 1,38% em maio, motivados, principalmente, pelos perfumes (2,21%). No aumento de 0,43% do grupo de habitação, destaca-se a alta da energia elétrica residencial (0,51%), devido a reajustes aplicados em três áreas de abrangência do índice: em Salvador (5,82%), onde houve reajuste de 8,28% a partir de 22 de abril; em Fortaleza (2,20%), onde o reajuste de 4,85% foi aplicado a partir da mesma data; e em Recife (0,05%), onde o reajuste de 8,33% teve vigência a partir de 14 de maio.

No grupo de transportes (-0,04%), a variação negativa foi puxada pela queda de 17,26% nos preços das passagens aéreas, maior influência negativa em maio, após alta de 11,96% em abril. Nos combustíveis (0,12%), houve queda nos preços do óleo diesel (-2,76%), do gás veicular (-0,44%) e da gasolina (-0,21%), enquanto o etanol subiu 3,62%. Ainda em transportes, as tarifas de metrô (1,97%) sofreram reajuste de 6,15% no Rio de Janeiro (5,67%), a partir do dia 12 de abril. A alta de 2,71% em ônibus urbano deve-se aos reajustes de 33,33% em Belo Horizonte (24,00%), a partir de 23 de abril, e de 15,75% em Fortaleza (1,38%), a partir de 19 de março.

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