Fed sobe juros para faixa de 1,5% a 1,75%

Banco Central dos EUA intensificará política monetária para combater inflação
Fed prevê que os bloqueios relacionados ao Covid na China provavelmente exacerbarão as interrupções na cadeia de suprimentos

O Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, anunciou nesta quarta-feira (15) que subiu os juros do país para faixa de 1,5% a 1,75% – uma alta de 0,75 pontos percentuais desde o último encontro, em maio. O reajuste acima do que havia sido sinalizado pelo Fed na reunião anterior revela que será intensificada a política monetária para combate à inflação americana. Essa é a maior alta de juros desde 1994.

"A atividade econômica parece ter se recuperado após a queda no primeiro trimestre. Os ganhos de emprego foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação permanece elevada, refletindo desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços mais altos de energia e pressões mais amplas sobre os preços", diz o comunicado.

"A invasão da Ucrânia pela Rússia está causando enormes dificuldades humanas e econômicas. A invasão e os eventos relacionados estão criando uma pressão ascendente adicional sobre a inflação e estão pesando sobre a atividade econômica global. Além disso, os bloqueios relacionados ao Covid na China provavelmente exacerbarão as interrupções na cadeia de suprimentos. O Comitê está altamente atento aos riscos inflacionários", destaca o texto.

"O Comitê busca alcançar o máximo de emprego e inflação à taxa de 2% no longo prazo. Em apoio a essas metas, o Comitê decidiu aumentar a faixa-alvo para a taxa dos fundos federais para 1,5% a 1,75% e prevê que os aumentos contínuos serão apropriados. Além disso, o Comitê continuará reduzindo suas participações em títulos do Tesouro e dívida de agências e títulos lastreados em hipotecas de agências, conforme descrito nos planos para redução do tamanho do balanço do Federal Reserve, emitidos em maio", detalha o documento.

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Sábado, 23 Novembro 2024

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