Concessões de crédito recuaram em maio

Empresas e famílias conseguiram R$ 289 bilhões em empréstimos
O capital de giro correspondeu a cerca de um terço do crédito livre para as empresas

Os juros cobrados pelos bancos recuaram em maio, enquanto as novas concessões de crédito caíram, informou o Banco Central (BC), ao divulgar as Estatísticas Monetárias e de Crédito. Empresas e famílias conseguiram empréstimos de R$ 289 bilhões dos bancos em maio. Na série com ajuste sazonal, houve redução de 3,3% em relação a abril, resultado das variações de menos 6,1% para as empresas e de 1% para as famílias. No acumulado do ano, comparado ao mesmo período do ano anterior, as concessões totais cresceram 7,6%, refletindo a elevação em pessoas jurídicas, 17,7%, e a queda em pessoas físicas, de 0,9%.

O chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, declarou que o capital de giro correspondeu a cerca de um terço do crédito livre para as empresas. Ele acrescentou que as empresas têm acessado essa linha "como uma forma de obter recursos para os desafios que serão enfrentados nos próximos meses", em meio à crise gerada pela pandemia da Covid-19.

Em maio, as concessões de capital de giro chegaram a R$ 33,180 bilhões, menor do que o valor registrado em abril de R$ 44,769 bilhões, mas acima dos recursos liberados pelos bancos em maio de 2029, de R$ 18,670 bilhões. "O crescimento de capital de giro atende às necessidades das empresas, pois o aumento das concessões, mês a mês, mostra que elas estão acessando [essa modalidade de crédito]. Mas muito provavelmente não atende toda demanda das empresas", confirmou Rocha.

Taxas de juros
A taxa média de juros para as pessoas físicas no crédito livre chegou a 42,7% ao ano, queda de 1,9 ponto percentual em relação a abril. Já a taxa média das empresas ficou em 14,2% ao ano, redução de 1,5 ponto percentual na comparação com o mês anterior.

A taxa do crédito pessoal chegou a 80,9% ao ano, com recuo de 5,5 pontos percentuais em relação a abril. Os juros do crédito consignado caíram 0,1 ponto percentual para 20% ao ano. A taxa do cheque especial chegou a 117,1% ao ano, queda de 2,5 pontos percentuais em relação a abril. Os juros médios do rotativo do cartão de crédito chegaram a 303,4% ao ano, com queda de 10,3 pontos percentuais.

Com Agência Brasil

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