Vencer o preconceito (ainda) é uma tarefa diária
Recebi recentemente um e-mail de uma executiva brasileira.Ela relatava situações de discriminação de gênero que sofrera em duas companhiasdiferentes. Nas duas situações, foi desligada após implementar com sucesso umprojeto em sua área de atuação. O motivo: os chefes (declaradamente) preferemhomens em cargos de liderança. Infelizmente, o caso não é isolado. Opreconceito contra mulheres em cargos executivos existe e, quanto mais altas asposições nas empresas, maior a discriminação.
Os motivos vêm de muitas e muitas gerações nas quais o papelda mulher foi “formalizado” como doméstico. Precisamos lembrar que em vários lugares do planeta isso ainda acontece:elas não podem trabalhar fora, votar, dirigir e, em casos extremos, nem ir àescola.
Nos países ocidentais, onde a igualdade vem sendo buscada, oque se pode recomendar às mulheres é o que elas já vêm fazendo: trabalhar mais,estudar mais e desenvolver uma forte habilidade relacional. Esses fatores contarãoa favor delas. No Brasil, a mulher já tem em média, um ano e meio de estudo amais que os homens. Nas próximas três décadas, isso provavelmente fará com queos cargos mais altos sejam destinados para elas. Com sua capacidade naturalpara multitarefas – que a maioria dos homens não têm – as mulheres têm muito acrescer.
O desempenho de homens e mulheres nas empresas não édiferente, por isso, as executivas não devem desanimar. Vencer o preconceito éuma tarefa diária.
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