MPEs buscarão crédito para minimizar impactos da crise

Renegociações têm sido opções para equilibrar o fluxo de caixa
Os bancos foram listados por 78% dos empresários como opção para conseguir crédito

 Com a perspectiva de uma retomada na economia, as micro e pequenas empresas (MPEs) têm se mobilizado para equilibrar as contas e garantir a sobrevivência. Uma pesquisa realizada pela Boa Vista, empresa que aplica inteligência analítica de ponta na transformação de informações para a tomada de decisões em concessão de crédito e negócios em geral, revelou que 52% das MPEs estão decididas a buscar por crédito para minimizar os impactos da crise nos negócios. Além disso, outras 20% dessas empresas estão avaliando a necessidade de crédito.

Os bancos foram listados por 78% dos empresários como opção para conseguir crédito – taxa superior ao registro de 2020, em que 65% consideravam a alternativa. Na sequência, familiares (13%) e amigos ou terceiros (5%) aparecem na ordem de preferência.

As financeiras foram consideradas somente por 4% desse público. A queda é acentuada na comparação com o ano anterior, quando foi registrada uma taxa de 14% de intenção de aderir a esta modalidade de crédito.

Outra preocupação das MPEs durante a crise tem sido equilibrar o fluxo de caixa. A redução de despesas operacionais (envolvendo a redução do quadro de colaboradores, renegociações para redução de salário e antecipação de férias) foi uma medida adotada por 27% das empresas neste ano.

Em 2020, em compensação, a taxa contemplou 41% das entrevistadas. A renegociação com bancos foi apontada como opção por 20% – o que indica um crescimento de cinco pontos percentuais em relação ao último ano. As linhas emergenciais de crédito, que não foram mencionadas no ano passado, foram citadas por 10% das entrevistadas.

"Notamos que mesmo reduzindo despesas, ainda é alto o percentual de empresários que buscarão por crédito para minimizar os impactos da crise, e para isso, os bancos serão o principal canal de apoio nesta etapa. Por outro lado, percebemos que a redução de despesas operacionais tem sido menos adotada pelos empresários, impactando diretamente na manutenção de empregos e retomada da economia", afirma Flávio Calife, economista da Boa Vista.

O levantamento também mostra que uma parcela significativa, cerca de 50% dessas MPEs não conseguiu a contratação das linhas de crédito emergenciais, criadas pelo governo federal. Apenas 10% dos empresários buscaram e tiveram sucesso com a contratação no período em que a pesquisa foi realizada.

Em paralelo, 24% dos entrevistados estão pensando em buscar mais informações sobre o tema, enquanto 19% afirmam que não pretendem usar esta linha de crédito.

Metodologia
A pesquisa da Boa Vista foi feita por meio de entrevistas online, entre abril e junho. Contou com a participação de aproximadamente 300 micros e pequenos empresários de todas as regiões do país, representantes dos setores de Comércio, Serviços e Indústria.

Entre os ouvidos, 94% são pequenos e microempresários. A margem de erro é de cinco pontos percentuais, para mais ou para menos, e o grau de confiança é de 90%.

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