Intenção de consumo dos brasileiros aumenta 3,1% em abril

Índice está em 97,1 pontos, o maior desde março de 2020
O brasileiro começou o segundo trimestre deste ano mais disposto a consumir

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) aumentou 3,1% em abril, na comparação com o mês anterior. Medido mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o índice agora está em 97,1 pontos, o maior desde março de 2020. A pesquisa indica, portanto, que o brasileiro começou o segundo trimestre deste ano mais disposto a consumir. O índice é medido para projetar o potencial de vendas do comércio. Ele é obtido a partir do cálculo de sete indicadores: emprego atual, renda atual, nível de consumo, perspectiva profissional, perspectiva de consumo, acesso ao crédito e momento para adquirir bens duráveis.

Quando está abaixo de 100 pontos, o ICF indica insatisfação dos consumidores. Entre 100 e 200 pontos, indica satisfação. O resultado de abril, apesar de estar abaixo da linha desejada, é visto como um dado positivo para José Roberto Tadros, presidente da CNC. "Com a diminuição da inflação superando as expectativas na conclusão do primeiro trimestre, no qual os orçamentos estavam comprometidos com gastos sazonais como pagamento de impostos, compra de material escolar e férias, por exemplo, os consumidores iniciam o segundo trimestre de 2023 com a disposição renovada para o consumo."

A inflação, citada pelo presidente da CNC, surpreendeu positivamente em março. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) anual ficou em 4,65%, abaixo do esperado pelo mercado e dentro da meta do Banco Central (4,75%).Entre as famílias de menor renda, também houve uma taxa de crescimento de 3% na intenção de consumo, com ICF de 94,5 pontos. Para os que ganham mais de 10 salários mínimos, o índice ficou em 110,8 pontos, uma variação mensal de 3,4%. Na análise por gênero, o destaque é o crescimento do otimismo entre as mulheres. A taxa subiu 29,4%, enquanto a intenção de compra entre os homens variou 21,9%.

"Com mais mulheres ingressando no emprego formal desde o ano passado, a percepção delas sobre a segurança no emprego e na renda também tem melhorado", analisa a responsável pela pesquisa, a economista Izis Ferreira. Dos 18 mil entrevistados pelo CNC por meio de questionários, 36% consideraram a renda atual melhor do que há um ano. O percentual é o maior em três anos. O índice que avalia a renda atual ficou em 114,7 pontos, nível mais alto desde antes da pandemia. No que diz respeito à satisfação com o emprego, o resultado foi de 124,4 pontos, 1,3% acima do registrado no mês de março.

Com Agência Brasil

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