Inadimplência cai pelo segundo mês consecutivo no país

O número de brasileiros que não consegue pagar suas contas apresentou a segunda retração consecutiva em julho deste ano – redução de 34.495 mil pessoas na comparação com junho. É a primeira vez, desde junho de 2021, em que são registradas duas quedas em sequência. O total de 71,4 milhões de pessoas inadimplentes registradas no mês passado mostra, porém, que ainda é muito alto o número de brasileiros com as finanças desequilibradas. A inadimplência atinge 43,7% da população adulta do país. Desse total, 50,4% são mulheres e 49,6% são homens.

Os principais responsáveis pela segunda queda consecutiva dos números foram os débitos com bancos e cartões de crédito, conforme mostra o Mapa da Inadimplência da Serasa. Essa boa notícia pode estar ligada aos primeiros impactos do programa Desenrola Brasil, que desde 17 de julho estimula a negociação de dívidas com as instituições financeiras. Segmento que sempre lidera o volume de inadimplentes, as dívidas com bancos e cartões de crédito registraram uma redução de 1,6 ponto percentual, passando de 31,1% em junho deste ano para 29,5% em julho, a maior queda na representatividade desse segmento registrada desde janeiro de 2019. Esse declínio foi impactado pelas dívidas negociadas nos canais do Serasa Limpa Nome, cujo índice relacionado aos grandes bancos aumentou de 14,7%, em junho, para 15,1% no mês passado.

No Desenrola Brasil, a Serasa foi escolhida como parceira por algumas das principais instituições financeiras do país para ser um dos canais de negociações de parte das dívidas que integram a Faixa 2 do programa (faixa para negociações de dívidas de qualquer valor de instituições financeiras, destinada a pessoas com renda mensal de até R$ 20 mil). De acordo com o Mapa da Inadimplência da Serasa, o mês de julho acumulou um total de 265 milhões de dívidas que somaram R$ 351 bilhões. O valor médio devido por cada brasileiro é de R$ 4.923,97. Com o Serasa Limpa Nome, no entanto, os brasileiros conseguiram renegociar no mês passado 3,8 milhões de débitos. O total de descontos concedidos atingiu R$ 8,8 bilhões.