O mapa da mina da B3: as ações do Sul que mais se valorizaram em 2019
A partir desta segunda-feira (3), AMANHÃ inicia uma série de reportagens que revela o desempenho das ações de empresas do Sul negociadas na B3 (foto), a bolsa de valores brasileira. Em parceria com a consultoria Economatica, de São Paulo, as matérias apresentarão a performance das ações em cinco diferentes indicadores – entre eles, a relação Preço/Lucro (P/L) e Preço/Valor Patrimonial (P /VPA). O levantamento somente levou em conta papeis de empresas do Sul que possuem negociações relevantes em bolsa.
Hoje, o estudo preparado pela Economatica para AMANHÃ apresenta as ações que mais se valorizaram entre janeiro e dezembro do ano passado. Na visão de Einar Rivero, gerente de relações institucionais da Economatica, as empresas do Sul, assim como várias companhias sediadas em outras regiões, estão se beneficiando do rali – euforia - que a Bolsa tem vivido desde que a taxa de juros no país começou a cair. “Esse fator fez com que muitos investidores migrassem para a bolsa, pois a renda fixa não se mostrou mais atraente”, destaca o especialista. Do final de 2015 até o dia 27 de janeiro, por exemplo, o Ibovespa se valorizou em 206%. Já o CDI, em 2019, rendeu apenas 1,58%. “Se retirar os impostos dessa conta, o investidor tomou prejuízo, na verdade. O investidor terá de assumir mais riscos de agora em diante se quiser se remunerar”, sugere Rivero.
A Positivo Tecnologia, de Curitiba (PR), obteve a maior valorização em 2019, fator que levou a fabricante de computadores a alcançar valor de mercado próximo de R$ 1 bilhão. A tabela também apresenta um bom desempenho de outras companhias do Paraná e de Santa Catarina. O mesmo cenário pode ser observado, em favor das catarinenses e paranaenses, no Top Ten dos maiores valores de mercado. Nesse item, a Weg, de Jaraguá do Sul (SC), encabeça a lista valendo, em 2019, R$ 72,6 bilhões.
No ranking dos papéis de empresas do Sul que mais se valorizaram em 2019, despontam, pela ordem, depois da campeã Positivo Tecnologia (POSI3), Karsten (CTKA4), Minupar (MNPR3) e Whirlpool (WHRL3). Nestes quatro casos, há um aspecto a ser considerado, na ótica de Carlos Azevedo Muller, diretor de Relações Institucionais da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais/Extremo Sul (Apimec-Sul). São valorizações em bolsa que não estão acompanhadas de balanços extraordinários. “Como essas empresas, de um modo geral, não apresentaram melhores relevantes nos resultados, pode-se atribuir esse movimento ao fato de serem Small Caps de pouca liquidez.” Esta circunstância, segundo ele, pode levar a valorizações não condizentes com a evolução dos balanços.
Quem mais se valorizou em 2019 | ||||||
Pos. | Empresa | UF | Classe | Código | Var. (%) | Valor de Mercado |
1 | Positivo Tecnologia | PR | ON | POSI3 | 354,9 | 880.569 |
2 | Karsten | SC | PN | CTKA4 | 279,4 | 74.001 |
3 | Minupar | RS | ON | MNPR3 | 158,8 | 41.890 |
4 | Whirlpool | SC | ON | WHRL3 | 151,2 | 15.115.500 |
5 | Copel | PR | ON | CPLE3 | 141,8 |
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