Arrecadação é recorde e chega a R$ 962,5 bilhões no ano

Resultado representa alta real de 1%
É o melhor desempenho arrecadatório para o período acumulado, de janeiro a maio, da série histórica, iniciada em 1995

A arrecadação da União com impostos e outras receitas teve recorde em abril e maio e alcançou R$ R$ 962,5 bilhões no acumulado do ano. O resultado representa uma alta real de 1%, ou seja, descontada a inflação, em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os dados foram divulgados na quinta-feira (22) pela Receita Federal. É o melhor desempenho arrecadatório para o período acumulado, de janeiro a maio, da série histórica, iniciada em 1995. Em abril, a arrecadação somou R$ 203,8 bilhões. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve aumento real de 0,3%. Segundo a Receita, também é o melhor desempenho para abril e para o primeiro quadrimestre da série histórica. Já em maio, a arrecadação totalizou R$ 176,8 bilhões, também o maior valor já registrado para esse mês desde 1995. Em relação a maio de 2022, houve acréscimo real de 2,8%.

Em maio, em relação às receitas administradas pela Receita Federal, o valor arrecadado ficou em R$ 171,4 bilhões, representando acréscimo real de 3,5%, enquanto no período acumulado de janeiro e maio a arrecadação alcançou R$ 913,8 bilhões, aumento real de 2,4%. A alta pode ser explicada, principalmente, pelo desempenho dos principais indicadores macroeconômicos que influenciam a arrecadação de tributos e pela arrecadação da receita previdenciária e do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF). Só no mês passado, a receita previdenciária alcançou R$ 48,3 bilhões, com acréscimo real de 6,9%, em razão do aumento real de 4,3% da massa salarial. Além disso, houve crescimento de 30% das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária em razão da Lei 13.670/18, que vedou a utilização de créditos tributários para a compensação de débitos de estimativas mensais do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), que incide sobre o lucro das empresas.

A Receita Federal apresentou, também, os principais indicadores macroeconômicos que ajudam a explicar o desempenho da arrecadação, tanto no mês quanto no acumulado do ano. Entre eles, figuram a venda de serviços, com crescimento de 2,7% em abril (fator gerador da arrecadação de maio) e 5,3% no ano; e a massa salarial, que mantém crescimento de 8,75% no mês (15,4% no ano), em relação ao mesmo mês de 2022. A venda de bens também teve alta de 3,1% no mês e de 2,2% no ano. Já o valor em dólar das importações teve queda de 10,2% em relação a abril do ano passado e de 4,7% no ano. A produção industrial teve retração de 3,4% em abril e também caiu 1,3% no acumulado do ano, comparado ao período de dezembro a abril de 2022.

Com Agência Brasil

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