Curitiba sediará laboratório de segurança cibernética para empresas brasileiras de energia
Um laboratório especializado em preparar as empresas do setor de energia para enfrentar ataques cibernéticos – o Energy Security Lab (ECL) – será implantado em Curitiba nos próximos meses. O projeto é uma parceria entre o Lactec e a TI Safe, que venceram em fevereiro deste ano o desafio da Energy Future de melhores ideias para a área. Os detalhes de como vai funcionar o ECL – que já está na fase de captação de empresas parceiras – foram apresentados nesta quinta-feira (30) no encerramento da CLASS 2022 (4ª Conferência Latino-Americana de Segurança em SCADA), na Federação das Indústrias do Paraná (Fiep).
Segundo Marcelo Branquinho, CEO da TI Safe e organizador do evento, o laboratório terá um custo de R$ 8 milhões e ficará nas dependências do Lactec, um dos maiores centros de pesquisa, tecnologia e inovação do Brasil, abrigado no complexo da Fiep. Rodrigo Jardim Riella, do Lactec, e Claudio Hermeling, da TI Safe, fizeram a palestra de apresentação do ECL, que já deve entrar em operação a tempo de auxiliar as companhias do setor a se adaptar às novas normativas do setor elétrico. A Rotina Operacional RO-CB.BR.01, do Operador Nacional do Sistema (ONS) entra em vigor em duas etapas, a primeira delas já em janeiro do ano que vem. A segunda, nove meses depois, em outubro de 2023.
Essa rotina operacional estabelece novos controles mínimos para a área de segurança cibernética das empresas do setor elétrico. O Brasil tem hoje mais de 750 companhias nesse segmento. Para muitos desses controles, o novo laboratório exercerá um papel fundamental, conforme a apresentação do projeto no evento. No local, as empresas poderão fazer homologações de equipamentos e tecnologias, simulações de possíveis ataques e defesas e inclusive funcionar como espaço seguro para backups dos sistemas de automação dos parceiros. Outra área importante de atuação será na realização de treinamentos de pessoal para a área de cibersegurança industrial.
O laboratório vai funcionar com preferência para os associados, mas também deve trabalhar sob demanda de empresas que não tenham aderido ao grupo nesse primeiro momento. Os aportes de cada empresa vão variar de acordo com a futura utilização do laboratório e o fornecimento de serviços que a empresa demandar.
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