Revolução verde será extraordinária para o Brasil, prevê Tomazoni, da JBS
"A revolução industrial foi fantástica para os Estados Unidos, mas a revolução verde será extraordinária para o Brasil", afirmou o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni. Em sua participação no Fórum Radar, que a Fiesc promove nesta quinta e sexta-feira, em Florianópolis, ele apresentou o plano da empresa para se tornar Net Zero até 2040 (zerar o balanço das emissões de gases causadores do efeito estufa). "O Brasil pode produzir muito mais nas mesmas áreas, sequestrando carbono e vendendo crédito de carbono para o mundo inteiro", opinou.
Ele chamou a atenção para os investimentos feitos pela empresa em sustentabilidade. "Trabalhamos hoje com centenas de milhares de produtores rurais no mundo inteiro. A nossa ação junto deles pode fazer uma diferença enorme no processo de transição energética e na produção de alimentos", destacou, ressaltando que esse trabalho na base também vai elevar a renda dos pequenos produtores. Uma das iniciativas são os Escritórios Verdes, lançados em 2021, e que oferecem apoio técnico gratuito para todos os produtores que desejam regularizar ambientalmente a sua propriedade. Há 74 mil fazendas monitoradas.
Tomazoni disse, ainda, que a JBS vê na sustentabilidade uma forma de tornar a empresa mais competitiva. "Não enxergamos que, com os investimentos em sustentabilidade, temos que vender produtos mais caros. Se subir o preço porque é mais sustentável, vamos reduzir o acesso da população aos alimentos", declarou. Ele também apresentou os projetos da empresa para os mercados de plant-based, ou seja, a produção de alimentos à base de proteína vegetal, e as proteínas cultivadas, as quais ele considera promissoras. Também chamadas de carne de laboratório, as proteínas cultivadas são produzidas a partir de células de animais. Ainda em sua apresentação, Tomazoni informou também que, nos últimos dois anos, a JBS investiu R$ 1 bilhão em Santa Catarina.
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