Indústria de embalagens: protagonista na luta pelo equilíbrio ambiental
As embalagens de papel e papelão ondulado são sustentáveis em sua essência. Sua matéria-prima é renovável, proveniente de árvores cultivadas exclusivamente para esse fim ou de embalagens pós-consumo. Depois de utilizadas, através da logística reversa, são recicladas ou retornam à natureza por serem biodegradáveis.
O setor de produção de papéis para embalagens, além de cultivar as árvores para a produção do insumo e reciclar, preserva extensas áreas de florestas naturais, ajudando a combater o avanço das alterações climáticas. Ao todo são 5,9 milhões de hectares conservados em Áreas de Preservação Permanente (APP), Reserva Legal (RL) e Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), de acordo com relatório da Ibá de 2020.
Nunca se falou tanto em meio ambiente, quanto nos tempos atuais. Quando a pandemia passar, o tema deve retomar a pauta diária com ainda mais força. Apesar das inúmeras dificuldades impostas diariamente à sociedade, muitos avanços têm sido feitos para o desenvolvimento ambiental. E as embalagens de papel e papelão ondulado estão no centro dessa eficiência sustentável por serem uma solução sustentável, biodegradável, renovável e reciclável.
Outros destaques importantes no Brasil: a matriz elétrica do setor de papel e celulose é de 90% com origem de fontes renováveis, e a taxa de recuperação do papelão ondulado, cartão de embalagens de líquidos e sacos produzido no Brasil para o mercado interno é de 86,3%.O aumento da busca por embalagens mais sustentáveis, produzidas a partir de fontes renováveis, vem crescendo e caminha na direção de uma sociedade mais consciente e alinhada com a economia circular – conceito que promove novas maneiras de produzir e consumir, gerando recursos a longo prazo.
Todos esses esforços e resultados são consequências de um constante trabalho que, na outra ponta, agregaram aliados importantes: os próprios consumidores. Segundo a Trade Tracker Survey, pesquisa realizada pela Two Sides, em 2021, 57% dos consumidores preferem que produtos de e-commerce sejam entregues em embalagens de papel e papelão ondulado. Os que preferem que sejam entregues em tamanho adequado, evitando o desperdício, é ainda maior: 70%.
O consumidor comum está preocupado com o avanço da degradação ambiental e climática e com os problemas enfrentados pelo planeta. Sentem-se atores vitais nessa luta. A discussão ambiental é uma questão de todos nós. O setor de embalagens de papel e papelão ondulado percebeu isso no início da jornada e não mediu esforços para mostrar que é possível aliar crescimento econômico com preservação ambiental e avanços sociais.
Mesmo sabendo que os números já são expressivos, é possível fazer bem mais, e os investimentos em inovações (seja em novas embalagens ou em reformulações no processo produtivo) seguirão como um princípio básico de uma indústria que entende seu protagonismo na luta pelo equilíbrio ambiental.
A Empapel atua em toda a cadeia produtiva que envolve o papel para embalagem e as embalagens de papel e tem a importante missão de trabalhar todo o potencial do papel, como insumo para produção de embalagens. A proposta é representar o segmento de maneira estratégica e trabalhar para a valorização das embalagens em papel e de todas as vantagens sustentáveis que ela agrega.
*Presidente do Conselho da Associação Brasileira de Embalagens em Papel (Empapel), a antiga ABPO (Associação Brasileira do Papelão Ondulado), que desde 1974 representava o setor.
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Comentários: 1
É importante que artigos esclarecedores, como esse, sejam divulgados. O setor papeleiro, por longo tempo, foi visto como o grande vilão na questão do desmatamento. O que não é verdade! Ao contrário, é um aliado do setor conservacionista, como bem ilustra o artigo da Presidente do Conselho da Associação Brasileira de Embalagens em Papel (Empapel), Gabriella Michelucci.