Santa Catarina atinge recorde com exportações de carne suína
Pela primeira vez na história, Santa Catarina alcança o faturamento de US$ 1 bilhão com os embarques de carne suína. De janeiro a novembro, o estado exportou mais de 479,4 mil toneladas do produto, superando em 26,6% o desempenho do ano anterior. Os números são divulgados pelo Ministério da Economia e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).
O bom momento da suinocultura catarinense se deve, principalmente, a dois fatores: estado ser reconhecido pelo cuidado extremo com a saúde animal e a demanda crescente da China por proteína animal. Há dois anos, os chineses lutam contra a peste suína africana que dizimou boa parte do seu plantel, por isso a busca por carne suína de outros fornecedores.
A China responde por mais de 60% das exportações catarinenses de carne suína no ano. A venda do produto para os chineses trouxe um faturamento de US$ 670,4 milhões, 83,8% a mais do que no mesmo período do ano anterior. "Embora a China esteja recuperando rapidamente seus plantéis suínos, avalia-se que ainda deve demorar alguns anos para que o país retorne aos níveis de produção anteriores à crise sanitária", explica o analista da Epagri/Cepa, Alexandre Giehl. Outros mercados importantes também ampliaram as compras da carne suína produzida em Santa Catarina, como Japão e Estados Unidos – considerados os países mais exigentes do mundo.
Em novembro, Santa Catarina embarcou 43,8 mil toneladas de carne suína, uma alta de 20,9% em relação ao ano anterior. O resultado financeiro também foi positivo, chegando a US$ 104,8 milhões. Segundo o analista Giehl, praticamente todos os principais destinos ampliaram suas compras, com destaque para China, Chile e Japão. Santa Catarina possui um status sanitário diferenciado, que abre as portas para os mercados mais exigentes do mundo. A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), em parceria com a iniciativa privada e os produtores, mantém um rígido controle das fronteiras e do rebanho catarinense.
O estado é o único do país reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação, o que demonstra um cuidado extremo com a sanidade animal e é algo extremamente valorizado pelos importadores de carne. Além disso, Santa Catarina, junto com o Rio Grande do Sul, é zona livre de peste suína clássica.
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