Paranaguá projeta alta de 35% nas exportações no primeiro trimestre

Empresas pretendem embarcar 4,5 milhões de toneladas de soja
Segundo os especialistas, a soja que está sendo embarcada agora ainda é da safra passada

Os terminais que operam no Porto de Paranaguá esperam carregar 6,7 milhões de toneladas de granéis sólidos de exportação nos primeiros três meses do ano. Em média, por mês, a previsão é embarcar 2,2 milhões de toneladas de soja (em grão e farelo), açúcar, milho e trigo, de janeiro a março. O volume projetado é cerca de 35% maior que as 4,9 milhões de toneladas movimentadas dos produtos em relação ao primeiro trimestre do ano passado.

A alta esperada deve ser puxada, principalmente, pelo volume de soja esperado para este primeiro trimestre do ano. "Se as condições climáticas permitirem e os contratos forem fechados, temos tudo para que os operadores atinjam a meta esperada", disse o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

De soja, em grão, as empresas pretendem embarcar 4,5 milhões de toneladas pelo Porto de Paranaguá entre janeiro e março. De farelo de soja, são esperadas 1,4 milhão de toneladas. "Especificamente em relação à soja, o que observamos é que o movimento não parou. Em dezembro, por aqui, foi exportada muita soja. E nesses primeiros 15 dias de janeiro, segue o mesmo ritmo", afirma Garcia.

Segundo os especialistas, a soja que está sendo embarcada agora ainda é da safra passada, que os produtores estavam segurando à espera do melhor momento (e preço) para a venda. "Para dar uma regulada no preço, esperando melhorar, o produtor acaba sendo segurado. Porém, nesse momento, em que ele precisa abrir espaço para receber a nova safra, ele precisa vender", explica o diretor da Associação dos Exportadores do Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá (Atexp), André Maragliano.

Com contrato fechado, e preços bons no mercado, os volumes de soja que chegam ao porto são maiores. "De outubro a novembro começou o aumento desse volume não esperado. Não tivemos a 'entressafra'", afirma. Apesar da quebra prevista para a nova safra de soja, devido à seca enfrentada pelos agricultores, na lavoura há previsão de aumento nos volumes esperados – principalmente a partir de fevereiro. "O início da safra é sempre muito movimentado. Todo mundo posiciona navio (nos portos), todos têm contrato para cumprir e todo mundo já comprou soja, aumentando o fluxo dos caminhões", contextualiza o diretor da Atexp.

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Sábado, 23 Novembro 2024

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