Balança comercial tem superávit de US$ 4,5 bilhões em maio

Resultado é o mais baixo em cinco anos
Com o resultado, a balança comercial acumula superávit de US$ 16,3 bilhões no ano

Depois de subir em abril, a balança comercial começou a sentir os efeitos da pandemia de coronavírus e registrou contração em maio. No mês passado, o país exportou US$ 4,548 bilhões a mais do que importou, queda de 19,1% em relação ao resultado positivo de US$ 5,624 bilhões de maio de 2019. Este é o resultado mais baixo para meses de maio desde 2015, quando a balança tinha registrado superávit de US$ 2,751 bilhões.

Com o resultado, a balança comercial – diferença entre exportações e importações – acumula superávit de US$ 16,349 bilhões, valor 19,5% inferior ao do mesmo período do ano passado. No mês passado, as exportações somaram US$ 17,940 bilhões, recuo de 4,2% em relação a maio de 2019 pelo critério da média diária. A queda foi puxada pela indústria. A indústria extrativa exportou US$ 52,95 milhões a menos que em maio do ano passado, queda de 26,5%. A indústria de transformação exportou US$ 85,08 milhões a menos, queda de 15,9%.

Na indústria de transformação, os principais produtos responsáveis pela retração das exportações são aeronaves e componentes, com redução de 94,1% na média diária de exportações, e veículos automóveis de passageiros, com baixa de 90,2%. Na indústria extrativa, caíram as vendas de óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-35,4%) e minério de ferro e seus concentrados (-23,1%). Somente a agropecuária exportou mais que em maio do ano passado. O setor vendeu US$ 99,88 milhões para o exterior, alta de 51,1%.

As importações somaram US$ 13,392 bilhões, queda de 1,6% em relação a maio do ano passado pelo critério da média diária. As compras de itens ligados à agropecuária cresceram US$ 500 milhões (+0,3%) na mesma comparação. As importações da indústria de transformação aumentaram US$ 18,08 milhões (+3%), mas as compras da indústria extrativa recuaram US$ 28,5 milhões (-55,1%). Os principais produtos responsáveis pela queda nas importações foram os óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos crus, com redução de 82,7%; fertilizantes brutos, com recuo de 62,6%, e os minérios de cobre e concentrados, com queda de 46,1%.

Com Agência Brasil 

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