Balança comercial tem melhor saldo da história para meses de abril

País exportou US$ 10,3 bilhões a mais do que importou
Com o resultado de abril, a balança comercial acumula superávit de US$ 18,2 bilhões no quadrimestre

Beneficiada pela alta das commodities [bens primários com cotação internacional] e pela recente mudança de metodologia, a balança comercial registrou o melhor saldo da história para meses de abril. No mês passado, o país exportou US$ 10,39 bilhões a mais do que importou. O saldo é 67,9% maior do que em abril de 2020. No último mês, as exportações somaram US$ 26,4 bilhões, alta de 50,5% sobre abril de 2020 pelo critério da média diária. As exportações bateram recorde histórico para todos os meses desde o início da série histórica, em 1989. As importações totalizaram US$ 16,1 bilhões, alta de 41,1% na mesma comparação.

Além da alta no preço das commodities, as exportações também subiram por causa da base de comparação. Em abril de 2020, no início da pandemia, as exportações tinham caído por causa das medidas de restrição social. O volume de mercadorias embarcadas, segundo o Ministério da Economia, aumentou 22,2%, enquanto os preços subiram, em média, 21,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. Com o resultado de abril, a balança comercial acumula superávit de US$ 18,2 bilhões no quadrimestre. O resultado é 106,4% maior que o do mesmo período de 2020, também pelo critério da média diária, e só perde para 2017, quando o superávit no primeiro quadrimestre tinha somado US$ 19 bilhões.

Metodologia
No mês passado, o Ministério da Economia mudou o cálculo da balança comercial. Entre as principais alterações, estão a exclusão de exportações e importações "fictas" de plataformas de petróleo. Nessas operações, plataformas de petróleo que jamais saíram do país eram contabilizadas como exportação, ao serem registradas em subsidiárias da Petrobras no exterior, e como importação, ao serem registradas no Brasil. Outras mudanças foram a inclusão, nas importações, da energia elétrica produzida pela Usina de Itaipu e comprada do Paraguai, num total de US$ 1,5 bilhão por ano, e das compras feitas pelo programa Recof, que concede isenção tributária a importações usadas para produção de bens que serão exportados. Toda a série histórica a partir de 1989 foi revisada com a nova metodologia.

Com Agência Brasil

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