Wine South America, no Sul, projeta vinhos do Brasil para o mundo

Com um reconhecimento crescente do setor mundial de vinhos enquanto país produtor e como um mercado promissor, o Brasil sediará a segunda edição da Wine South America (foto). De 25 a 27 de setembro, Bento Gonçalves estará novamente no centro do mapa ...
Wine South America, no Sul, projeta vinhos do Brasil para o mundo

Com um reconhecimento crescente do setor mundial de vinhos enquanto país produtor e como um mercado promissor, o Brasil sediará a segunda edição da Wine South America (foto). De 25 a 27 de setembro, Bento Gonçalves estará novamente no centro do mapa mundial do vinho, atraindo importadores, profissionais do vinho e apreciadores que poderão conferir os rótulos das principais regiões produtoras nacionais e internacionais. A segunda edição da Wine South America (WSA) promete superar o sucesso da “safra” anterior. No ano passado foram 250 marcas expositoras e 6 mil profissionais e especialistas do setor. A participação de vinícolas nacionais será ainda mais representativa nesta edição, atraindo expositores de todas as regiões produtoras do Brasil, que apresentarão seus rótulos reconhecidos por mais de 3 mil premiações já conquistadas lá fora. Cerca de 80% das marcas brasileiras participantes da primeira edição já renovaram seus espaços e outras?importantes vinícolas nacionais já confirmaram a estreia em 2019.

Segundo Marcos Milanez Milaneze, diretor da Milanez & Milaneze, empresa promotora da feira e subsidiária do grupo Veronafiere, além de promover negócios entre produtores nacionais e internacionais com players do mercado brasileiro e mundial, a WSA conta com o diferencial de ser realizada na principal região produtora do país, o que fortalece sua importância para o setor e fomenta o enoturismo. “O comprador, além de experimentar os vinhos e espumantes, tem a oportunidade de conhecer as vinícolas da região, o local de elaboração dos produtos, a sua qualidade e vivenciar a emoção atrás do rótulo, transformando o evento em uma experiência única para quem o visita”, observa Milaneze, lembrando que, além de produtos derivados de uva, a feira terá marcas expositoras de azeites e destilados.

Viabilizado por meio de parceria da Milanez &Milaneze/Veronafiere com o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o Projeto Comprador trará à WSA 140 compradores de todo o Brasil e outros 30 de países, com o objetivo de promover rodadas de negócios com as vinícolas verde-e-amarelas. O total de compradores é 40% maior do que o da edição anterior. Em 2018, cerca de 120 empresas participaram do Projeto Comprador, gerando cerca de R$ 6 milhões em negócios. "Setembro é o principal mês?de compra de vinhos para abastecer os pontos de venda. O desenvolvimento das rodadas?de negócio durante a feira traz ótimos resultados, principalmente para as comercializações de fim de ano”,  revela Diego Bertolini,  gerente de Promoção do Ibravin.

Em relação às marcas internacionais, a adesão também tem sido bem-sucedida em razão de o Brasil ser o maior país da América do Sul e com grandíssimo potencial de consumo do continente. Mais de 10 países devem participar da WSA 2019, com destaque para Argentina, Chile e Uruguai, reforçando o posicionamento de principal evento do setor no continente latino-americano. “O Brasil é o quinto maior do Hemisfério Sul e o 13º maior produtor de vinhos do mundo. Os nossos produtos são exportados para 59 países em cinco continentes. O potencial é muito favorável. E a feira tem um papel importante na aproximação dos compradores com as vinícolas dentro do nosso próprio território”, salienta Oscar Ló, presidente do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).

A exemplo de 2018, a WSA contará com masterclasses conduzidas por Master of Wine de renome internacional e degustações orientadas de vinhos brasileiros, em parceria com a seccional gaúcha da Associação Brasileira de Sommeliers (ABS-RS). Na primeira edição, os profissionais da ABS-RS apresentaram um panorama da produção vitivinícola do Brasil e sua diversidade, além de painéis sobre espumantes, vinhos de guarda e a Denominação de Origem (DO) Vale dos Vinhedos, entre outros temas. “Tivemos uma ótima repercussão e acolhida com um painel sobre mercado, posicionamento de produtos e novas tendências, que devemos ampliar nesta edição. Também aprofundaremos o conhecimento sobre os vários terroirs brasileiros, com a presença de professores da ABS de outros estados, como São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais, além da região Nordeste”, adianta Orestes de Andrade Jr., presidente da ABS-RS. Assim como ocorreu na primeira edição, a Associação Brasileira de Enologia (ABE) é apoiadora da feira, já que o evento culmina com a Avaliação Nacional de Vinhos, realizada anualmente pela entidade no último sábado de setembro. “A WSA chegou para fortalecer o que produzimos, como canal com o mercado, aproximando quem aprecia de quem elabora. Nossa bandeira é a dos vinhos brasileiros e, junto com a feira, esperamos poder levar esta marca para os quatro cantos do mundo”, reforça o enólogo Daniel Salvador, presidente da ABE.

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