Governo paraguaio concede regime de Zona Franca para Omega Green
O governo do Paraguai publicou hoje decreto do presidente Mario Abdo Benítez que concede regime de Zona Franca para o projeto Omega Green (maquete), a primeira planta de biocombustíveis avançados do hemisfério sul, que será construído no país pela empresa ECB Paraguay (integrante do ECB Group), liderado pelo empresário brasileiro Erasmo Carlos Battistella. A Zona Franca garante a manutenção das condições legais do projeto por um prazo de 30 anos, reforçando a segurança jurídica para o investimento no país. A decisão do governo paraguaio ainda irá contribuir com a competitividade econômica do projeto e diminuirá o custo da sua construção. O decreto foi assinado no dia 20 de janeiro.
O complexo foi considerado “de interesse nacional” devido à sua importância e envergadura social e econômica para o Paraguai. É o maior investimento privado em um único projeto da história do país e vai trazer ganhos de mais de US$ 8 bilhões em uma década para a economia. Em dezembro, Benítez foi recebido pelo presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca. Na saída do encontro, afirmou à imprensa que conversou com o presidente americano sobre o projeto Omega Green, destacando que com a implementação do projeto seu país estará na vanguarda mundial da economia verde.
“A assinatura da concessão de Zona Franca, juntamente com a aprovação da compra do terreno para a instalação da empresa e a conclusão do estudo de impacto ambiental demonstram que nosso projeto está cumprindo rigorosamente e com grande sucesso o cronograma que definimos em seu início. Demos passos muito importantes e estamos caminhando muito bem”, afirma o empresário Erasmo Battistella, que aguarda para breve a aprovação do licenciamento ambiental do projeto. O complexo Omega Green vai gerar 3 mil empregos diretos na fase de construção e cerca de 2.400 diretos e indiretos quando entrar em operação.
Omega Green
Com investimento previsto de US$ 800 milhões, a planta vai produzir diesel renovável e querosene de aviação renovável, biocombustíveis cuja contribuição no processo de transição para a economia da descarbonização deve aumentar exponencialmente. A produção será exportada para a Europa e América do Norte. Lançado em fevereiro de 2019, o projeto é o maior investimento privado da história do Paraguai e contempla a construção da primeira planta de biocombustíveis avançados do Hemisfério Sul. A região de Villeta tem posição estratégica, pois é um distrito portuário e industrial, distante apenas 45 quilômetros de Assunção. Nele serão produzidos diesel renovável ou HVO, sigla em inglês para óleo vegetal hidrodratado, e querosene de aviação renovável, ou SPK, em inglês, combustíveis que emitem menos gases de efeito estufa e que serão destinados à exportação para países signatários do Acordo de Paris.
As obras estão previstas para iniciar no segundo semestre de 2020 e o prazo de execução é estimado em 30 meses. Mais de 20 mil famílias de pequenos agricultores deverão se beneficiar com os programas de certificação para fornecimento de matéria-prima. O complexo instalado no Paraguai será a terceira planta mundial de biocombustíveis avançados, cuja produção será de 20 mil barris por dia de diesel e querosene renováveis. Com o investimento, o país se tornará um dos grandes players do mercado global de biocombustíveis.
Fundado em 2011, pelo empresário Erasmo Carlos Battistella, o ECB Group tem investimentos e participações estratégicas em empresas de agroenergia, atuando em toda a cadeia em áreas como produção de biodiesel e geração de energia elétrica por meio de fontes renováveis. O portfólio de investimentos inclui participação em empresas como Bsbios, R.P. Bio Switzerland, ECB Group Paraguay e ECB Group Brasil.
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