Estudos sobre relação entre bancos e crises levam Nobel de Economia
O prêmio Nobel de Economia teve seus vencedores de 2022 anunciados nesta segunda-feira (10). Nesse ano, o reconhecimento foi direcionado a três pesquisadores, Ben Bernanke, Douglas Diamond e Philip Dybvig, que desenvolveram pesquisas sobre bancos e sua relação com crises financeiras. Os laureados deste ano "melhoraram significativamente a compreensão do papel dos bancos na economia, particularmente durante as crises financeiras", disse a academia em comunicado. Além disso, o júri avaliou que a pesquisa evidencia como regular mercados financeiros e evitar o colapso de bancos é vital para a economia.
Ben Bernanke foi presidente do Federal Reserve (FED) dos Estados Unidos de 2006 a 2014 e analisou a Grande Depressão da década de 30, mostrando como as corridas bancárias foram decisivas para que a crise se tornasse tão profunda e prolongada. Já Douglas Diamond (Universidade de Chicago, EUA) e Philip Dybvig (Universidade de Washington em St. Louis, EUA) desenvolveram modelos teóricos que explicam por que os bancos existem, como o seu papel na sociedade os torna vulneráveis a rumores sobre colapsos iminentes e como a sociedade pode diminuir essa vulnerabilidade. Eles ainda apresentaram uma solução para a vulnerabilidade bancária: um seguro de depósito do governo. Nesse modelo, já que os depositantes sabem que seu dinheiro está garantido pelo Estado, não precisam mais correr para o banco assim que começam os rumores sobre corrida bancária.
O valor do prêmio é de 10 milhões de coroas suecas (cerca de US$ 900 mil) e será dividido igualmente entre os três.
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