Mercado aposta que Ibovespa ultrapassará os 130 mil pontos em 2021

Dólar fechou o ano com alta acumulada de 29%
Bolsa termina 2020 com valorização de 3%, índice bem melhor que a retração de 29,9% em março

Depois de bater no recorde histórico de 120.149 pontos no intraday, o Ibovespa fechou esta quarta-feira (30) em queda de 0,3%, aos 119.017 pontos. Com isso, o principal índice da B3 não conseguiu superar seu recorde de fechamento, que foi registrado em 23 de janeiro deste ano, aos 119.527 pontos. Ainda assim o benchmark encerrou o ano com variação positiva, com uma valorização acumulada de 3%, índice bem diferente da alta de mais de 31% obtida em 2019. E bem melhor que a retração de 29,9% em março deste ano.

Para 2021, o mercado não descarta ajustes, mas a perspectiva permanece positiva, em meio a estímulos ainda expressivos no exterior e ampliação da vacinação contra a Covid-19, enquanto o prognóstico para o Brasil inclui um crescimento maior e Selic ainda baixa, mesmo que em patamar mais elevado que o atual. A XP considera 130 mil pontos um valor justo para o Ibovespa no fim de 2021, mesma estimativa do Bank of America. Para o BTG Pactual, em um cenário de solução positiva para o dilema fiscal que traga as taxas reais de longo prazo para 3%, o Ibovespa poderia ser negociado um pouco acima disso (cerca de 133 mil pontos).

O dólar fechou em leve queda de 0,01%, cotado a R$ 5,1872, nesta quarta-feira (30). Na última sessão de 2020, os investidores domésticos avaliaram a volatilidade e os reajustes de posições à medida que o ano se aproximava do fim. Na máxima do dia, a moeda chegou a R$ 5,2352. Na mínima, foi a R$ 5,1533. Em dezembro, a moeda teve queda de 2,9%. No acumulado de 2020, a alta foi de 29,3%.

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