Melnick Even apresenta suas credenciais para IPO
O cenário da pandemia tem feito com que alguns movimentos de empresas passem despercebidos. Na segunda-feira (13), por exemplo, a Even divulgou fato relevante dando conta que estuda a realização de uma eventual oferta pública de distribuição de ações ordinárias da Melnick Even, sua subsidiária. A companhia consolida as atividades de construção e incorporação de empreendimentos imobiliários do grupo no Sul. A oferta, segundo a Even, se insere em contexto de reforço de ampliar o desenvolvimento das atividades no Rio Grande do Sul.
O prospect, ao qual o Portal AMANHÃ teve acesso demostra alguns indicadores robustos da construtora com sede em Porto Alegre. O Volume Geral de Vendas [ou VGV, estimativa calculada pela soma do valor potencial de venda de todas as unidades de um prédio residencial] foi de R$ 630 milhões anuais na última década. No mesmo período, o ROAE [medida de rentabilidade de uma companhia, obtida pela divisão do lucro líquido pelo patrimônio líquido médio] foi de 21%. Já o lucro líquido anual médio nos últimos cinco anos foi de R$ 74 milhões. O patrimônio líquido no primeiro trimestre deste ano alcançou o valor de R$ 625 milhões.
A companhia também revela que tem mais R$ 10 bilhões neste ano para o chamado Landbank – compra de terrenos para incorporação imobiliária, venda ou demais transações de empreendimentos. Um dos pilares que baseiam o ciclo de crescimento da Melnick Even é que Porto Alegre está mostrando sinais de recuperação nos preços de imóveis e, seguindo a tendência histórica, deve retomar seu crescimento logo após a aceleração no mercado imobiliário de São Paulo.
"[O] mercado imobiliário de Porto Alegre é em torno de 14% de São Paulo, considerando a média de VGV lançado nos últimos oito anos. [Além do mais], há uma defasagem expressiva em 2019, de modo que haja expectativa de retomada de VGV lançado em Porto Alegre , atingindo patamar próximo à média histórica", prevê o prospect da Even. Ainda de acordo com as estimativas, a capital gaúcha e Região Metropolitana deverão o pico histórico de VGV até 2023. O documento não esclarece, no entanto, se a pandemia da Covid postergará o alcance dessa marca.
Veja mais notícias sobre Mercado de CapitaisEmpresaRio Grande do Sul.
Comentários: