Paraná busca crédito de R$ 8 bilhões para saneamento

O Paraná negocia com bancos a captação de R$ 8 bilhões para financiar projetos de saneamento básico nos próximos quatro anos. A maior parte dos recursos virá da Caixa. A melhoria e ampliação da rede de água e esgoto será feita pela Companhia de Sanea...
Paraná busca crédito de R$ 8 bilhões para saneamento

O Paraná negocia com bancos a captação de R$ 8 bilhões para financiar projetos de saneamento básico nos próximos quatro anos. A maior parte dos recursos virá da Caixa. A melhoria e ampliação da rede de água e esgoto será feita pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). A notícia foi veiculada nesta segunda-feira (6) no Valor Econômico. O governador Carlos Roberto Massa Júnior, o Ratinho Jr., afirmou ao jornal que a expansão da rede de água e esgoto ajudará a impulsionar o setor de infraestrutura no Estado.

“O investimento bilionário chega em momento oportuno com a discussão no Congresso do novo marco legal do setor. A Medida Provisória 868/18, editada por Michel Temer, lança incertezas sobre o futuro das poucas companhias estaduais consideradas superavitárias, a exemplo da própria Sanepar e da Sabesp (SP)”, recorda a publicação. 

Ratinho Jr. declarou ao Valor que a Sanepar "anda sozinha" e não há interesse em privatizá-la. “A ameaça contida no marco legal envolve o novo modelo de contratação dos serviços por municípios, podendo retirar áreas de atendimento das atuais companhias. O Paraná tem um dos melhores índices de coleta de esgoto do país, de 72,5%, em contraste com os 42% da média nacional”, revela o Valor. A reportagem, assinada pelos jornalistas Rafael Bitencourt e Ana Krüger, destaca ainda que deseja tornar o Estado o principal hub logístico da América do Sul em transportes. Segundo ele, a ideia é aproveitar o ganho de movimentação de cargas puxado pelo aumento da produção rural e pela localização favorável, na fronteira com Argentina e o Paraguai. "Nossa matriz econômica é o agronegócio, que dobra de tamanho a cada dez anos", disse ao Valor. 

“No modal ferroviário, o governo Paraná quer tirar do papel o  Corredor Bioceânico. A ferrovia interligaria vias de transporte do Brasil ao Oceano Pacífico. Para viabilizar a saída pelo Pacífico, o governador diz ser necessária a instalação de trecho de 600 quilômetros no Paraguai e de 143 quilômetros no Paraná. A construção do trecho em solo paranaense é orçada em R$ 1,5 bilhão. Trata-se da ampliação da Ferroeste, entre Foz do Iguaçu e Cascavel. O objetivo é concluir a ligação até o fim de 2022”, descreve a reportagem. 

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