Brasil e Paraguai assinam declaração para duas pontes
O presidente Michel Temer e o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, assinaram nesta sexta-feira (21) uma declaração presidencial conjunta sobre a construção de duas novas pontes ligando os dois países. A declaração reforça o compromisso dos governos brasileiro e paraguaio de levar o empreendimento adiante. “Talvez seja o último ato solene da minha presidência. Mas vejam com que chave de ouro estou encerrando meu mandato", disse Temer ao discursar na cerimônia, realizada em Foz do Iguaçu (PR). "Tivemos uma relação internacional muito próspera. Não só com os países do Mercosul. O Brasil, internacionalmente, teve uma presença muito significativa em todas as suas relações internacionais”, acrescentou.
O presidente do Paraguai exaltou a iniciativa que, segundo ele, vinha sendo aguardada há anos. “Faz muitos anos que brasileiros e paraguaios vêm sonhando com ela [a ponte]. Hoje, se não tivesse sido pela vontade política e amizade demonstrada pelo presidente Temer ao Paraguai, não teríamos essa ponte. Senhor presidente, o senhor vai ficar na história do Paraguai”, disse Benítez.
A intenção de construir as duas pontes já havia sido manifestada em outubro. Uma das pontes ligará Foz do Iguaçu a Puerto Presidente Franco. O empreendimento ficará a cerca de 8 quilômetros da Ponte da Amizade, inaugurada há 53 anos, e hoje a principal ligação entre os dois países. Quando a nova ponte ficar pronta, a Ponte da Amizade será usada apenas por veículos menores e ônibus turístico, desafogando o trânsito na região. A obra custará R$ 302,5 milhões. Também serão investidos de R$ 104 milhões na construção da Perimetral Leste, que terá 15 quilômetros ligando a BR-277 à aduana da Argentina e à nova ponte.
A outra ponte prevista será construída entre a cidade de Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, e Carmelo Peralta. Essa ponte abrirá um novo caminho para as exportações brasileiras. Integrará o Corredor Rodoviário Oceânico que vai ligar o Centro-Oeste do Brasil e o Paraguai aos portos do norte do Chile, criando uma saída do Brasil para o Oceano Pacífico. A parte paraguaia da Usina Itaipu Binacional vai financiar a ponte em Mato Grosso do Sul e a parte brasileira custeará a ponte em Foz do Iguaçu. A previsão de conclusão das obras é de três anos.
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