Renault demite 747 funcionários no Paraná
Conforme o Portal AMANHÃ antecipou no domingo (19), a Renault demitiu quase 750 funcionários da fábrica de São José dos Pinhais (PR). De acordo com a multinacional francesa, com o agravamento da situação da pandemia, a companhia teve queda das vendas de 47% no primeiro semestre. A falta de perspectiva de retomada do mercado fez com que a empresa buscasse negociações com o sindicato – processo que foi acelerado nos últimos 50 dias.
No dia 8 de junho, a Renault apresentou uma proposta de redução de 25% de jornada de trabalho e salário. Porém, ela não foi aceita pelo Sindicato, sendo ainda condicionada a outros temas. No dia 15 de julho, a Renault propôs um plano de demissão voluntária (PDV), sugestão também recusada pelo sindicato. A empresa oferecia o pagamento de 3,5 a 6 salários extras dependendo do tempo de contrato do funcionário (incluindo dois meses de benefício da MP 936), plano médico por um ano e vale-mercado até dezembro, além da primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Para os funcionários que permanecerem na fábrica a proposta de data-base é suspensão de reajustes neste ano e no próximo, com pagamento de abono de R$ 3,5 mil, entre outros itens.
"Após realizar todos os esforços possíveis para as adequações necessárias e não havendo aprovação das medidas propostas, não restou outra alternativa para a Renault do Brasil, que no dia 21 de julho anunciar o fechamento do terceiro turno de produção e o desligamento de 747 colaboradores da fabricação do Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR)", relata o comunicado da montadora obtido pelo Portal AMANHÃ.
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