Produção industrial do Sul apresenta queda generalizada
Com a paralisação de diversas unidades de produção, a pesquisa mostrou queda em 13 dos 15 locais pesquisados, na passagem de março para abril, com redução de 18,8% no país. Os dados divulgados nesta terça-feira (9) pelo IBGE em sua Pesquisa Industrial Mensal Regional. Os índices refletem os efeitos do isolamento social para controle da pandemia de Covid-19 em vários Estados. Oito atingiram o resultado negativo mais intenso da série histórica: Amazonas (-46,5%), Ceará (-33,9%), Região Nordeste (-29%), Paraná (-28,7%), Bahia (-24,7%), São Paulo (-23,2%), Rio Grande do Sul (-21%) e Rio de Janeiro (-13,9%).
São Paulo, maior parque industrial do país, foi o principal destaque negativo do mês, com sua produção recuando 23,2% em relação a março. A segunda maior influência no resultado nacional foi o Paraná, com queda de 28,7%, acumulando retração de 32,3% em dois meses. Assim como São Paulo, os setores de veículos automotores e de máquinas e equipamentos foram os que mais contribuíram para o maior recuo da série histórica no Estado. Já o Rio de Janeiro, terceiro maior destaque negativo, acumulou uma perda de 15,6% em três meses, influenciado pelas quedas nos setores de veículos automotores e de derivados do petróleo.
O setor de Outros equipamentos de transporte pressionou o resultado do Amazonas, que acumulou uma queda de 53,2% em três meses. "Quando a gente fala isso para o Amazonas, a gente pode inferir que é uma queda na produção de motocicletas, que é o principal produto nesse setor. Outro setor que também é muito influente dentro da indústria amazonense é o de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos", explica Bernardo Almeida, analista da pesquisa.
Outras quedas foram observadas em Espírito Santo (-16,7%), Minas Gerais (-15,9%), Santa Catarina (-14,1%), Pernambuco (-11,7%) e Mato Grosso (-4,3%). Almeida destaca que pelo isolamento social ter começado a partir da segunda quinzena de março, naquele mês os impactos não foram sentidos de forma completa. "Quando chegamos em abril, vimos que a queda foi bastante impactante e significativa. Estamos no pior patamar da série histórica a nível nacional", destaca o analista.
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