Três regiões passam de bandeira laranja para amarela no RS
Uruguaiana, Capão da Canoa e Santa Cruz do Sul recebem a bandeira amarela, portanto, o Estado passa a ter oito regiões com risco baixo
A terceira atualização do Distanciamento Controlado manteve a maior parte do território gaúcho com risco epidemiológico médio para o novo coronavírus: 12 de um total de 20 regiões foram classificadas com a bandeira laranja no levantamento realizado e divulgado neste sábado (23). Na rodada anterior, eram 15 nesta situação. A principal mudança é em três regiões que estavam com cor laranja e tiveram nível de restrição reduzido. Uruguaiana, Capão da Canoa e Santa Cruz do Sul recebem a bandeira amarela, portanto, o Estado passa a ter oito regiões com risco baixo. O Rio Grande do Sul permanece sem bandeira vermelha (risco alto) ou preta (risco altíssimo). As novas bandeiras e os respectivos protocolos que regram o funcionamento (ou não) de mais de 100 atividades econômicas são válidas a partir de segunda-feira (25) até o domingo seguinte (31).
A mudança anunciada durante a semana pelo governador Eduardo Leite no cálculo do Distanciamento Controlado, que seria adotada somente a partir da próxima rodada, já foi aplicada neste sábado. Com isso, apenas os casos de Covid-19 que geraram hospitalização foram usados para medir a propagação do vírus levando em consideração os seus locais de residência.Até então, o governo vinha usando todos os casos confirmados por testes moleculares (RT-PCR) para medir dois dos 11 indicadores usados no cálculo de risco: velocidade do avanço, que mede o número de novos casos confirmados em relação aos casos anteriores, e incidência de novos casos na população, que mede os novos casos nos últimos sete dias para cada 100 mil habitantes.
No entanto, o dado vinha gerando distorções entre as regiões, aumentando o nível de risco e de restrição para aquelas que vinham realizando um número maior de testes. Por isso, segundo Leite, foi necessário antecipar a alteração, que foi levada ao grupo técnico de saúde do Comitê de Análise de Dados, tendo sido estudada e avalizada por especialistas."Por se tratar de um modelo inédito e inovador, nós viemos desde o início fazendo análises constantes e coletando sugestões para aprimorá-lo. Essa alteração surgiu desse monitoramento e diálogo com prefeitos e especialistas", destacou o governador.
"Com a mudança, melhoramos a comparabilidade entre as regiões, porque a definição de hospitalização por SRAG (Síndrome Respiratória Agua Grave) é mais estável do que os exames aplicados pelos municípios e a notificação é compulsória, ou seja, o exame tem de ser obrigatoriamente lançado no sistema, não oferecendo possibilidade de que uma redução ou aumento na testagem ou a subnotificação impactem no cálculo. Com isso, temos um resultado mais fiel ao que efetivamente está acontecendo no RS e podemos aplicar restrições na proporção necessária", detalhou Leite.
Principais mudanças no mapa
Dentre as três regiões que passaram de risco médio (laranja) para baixo (amarela), estão a de Uruguaiana, que sofreu a redução no nível de restrição pela melhora de quatro indicadores, que passaram do laranja para o amarelo - redução do números de casos confirmados em UTI, redução de óbitos proporcionalmente à sua população e variação no número de leitos de UTI disponíveis para atender a Covid-19 na região e no Estado.
Já a região de Capão da Canoa passou para bandeira amarela porque a soma do número de casos confirmados internados com SRAG nos últimos 14 dias foi menor ou igual a cinco. Além de ter registrado uma redução de óbitos proporcionalmente à sua população e variação do número de leitos UTI disponíveis.
Em Santa Cruz do Sul, a região teve risco reduzido para amarelo devido à melhora de quatro indicadores, que passaram do laranja para o amarelo: reduziu o número de internados por SRAG, melhorou a relação de casos ativos/recuperados, aumentou o número de leitos disponíveis para pessoas com mais de 60 anos, e melhorou o número de leitos de UTI na região e leitos de UTI no Estado.
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