Governo do RS apresenta formato para distanciamento controlado
O governador Eduardo Leite apresentou, nesta quinta-feira (30), uma formatação prévia (inicial) do modelo de distanciamento controlado que entrará em vigor no Rio Grande do Sul ao longo do mês de maio. Antes disso, o Comitê de Dados e de Saúde, vinculado ao Gabinete de Crise do Estado, receberá sugestões até 2 de maio e fará eventuais atualizações na estratégia. O Estado é dividido em 30 Regionais de Saúde. Para o acompanhamento dos indicadores, o governo uniu algumas delas, a partir de critérios como os hospitais de referência para leitos de UTI, e optou por utilizar 20 regiões no modelo de distanciamento controlado.
Setores como educação, comércio, serviços, indústria, transportes e agricultura, entre outros, terão restrições proporcionais ao nível de segurança do contágio da Covid-19 e o respectivo impacto econômico. No total, a proposta prevê 12 grupos setoriais e protocolos para 50 atividades, de acordo com o impacto. O governo gaúcho também anunciou que, por enquanto, as regras de distanciamento social seguem válidas, até que o próximo decreto, que será publicado até o dia 9 de maio já levando em conta a metodologia onde o modelo é baseado. O Ministério da Saúde poderá utilizar o plano do Rio Grande do Sul como referência para aplicar em todo o Brasil. Na sexta-feira (1) será publicado um decreto prevendo normas a serem seguidas por empresas, regiões e setores da economia entre 2 e 9 de maio.
Protocolos
Cada nível de distanciamento controlado conterá protocolos diferentes, que ainda estão recebendo sugestões. Eles envolvem as regras que terão de ser adotadas conforme a bandeira da região e o setor econômico, como, por exemplo, quanto ao funcionamento, se pode ficar aberto ou não; ao horário, com restrições ou não; à triagem (medição de temperatura) dos colabores; quais EPIs são obrigatórios no atendimento, como máscaras e luvas; se devem ter afastamento de grupos de risco, algum tipo de distanciamento mínimo entre pessoas e limitação de pessoas, entre outros.
A estratégia do governo prevê quatro estágios de controle, traduzidos em "bandeiras": amarela, laranja, vermelha e preta. A amarela indica uma situação branda, com medidas mais amenas, e o grau de restrições avança até a preta, quando seria necessário o isolamento social (lockdown). Para definir a cor da bandeira, foram definidos dois grandes grupos de medidores: propagação e capacidade de atendimento. Cada um deles tem peso de 50% para a definição das bandeiras. No total, serão acompanhados 11 indicadores. A coleta dos dados será diária, mas a atualização das cores de cada região ocorrerá aos sábados, valendo para a semana seguinte.
Veja abaixo a apresentação da metodologia dos indicadores e, a seguir, a lista dos municípios divididos por regiões.
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