Ecossistema sem fronteiras

A vocação de disseminar a inovação levou a Acate a contribuir até mesmo com instituições fora de Santa Catarina
Acate sustenta iniciativas em prol do networking e a troca de ideias constante

Em 1986, um grupo de empreendedores pioneiros na área de tecnologia na Grande Florianópolis uniu esforços em um projeto para fortalecer o setor e apoiar o surgimento de novos negócios. Assim surgiu a Associação Catarinense de Tecnologia. Foi graças ao surgimento da Acate que novos empreendedores, além de profissionais que já atuavam em outros setores, se encorajaram para criar suas próprias empresas e dar início a um polo de tecnologia que, nas décadas seguintes, seria reconhecido como um dos mais fortes do Brasil e da América Latina. E, quem diria que, 35 anos depois, a experiência pudesse ser compartilhada até mesmo em outros estados? Através de parceiros como o Inovabra — espaço de coinovação do Bradesco, a associação está ajudando o Sebrae do Ceará a criar o Centro de Inovação do Empreendedor.

Em solo catarinense, as iniciativas são inúmeras. A de maior sucesso é a das verticais de negócios, que reúnem empresas que se identificam por desenvolver tecnologias para um mesmo segmento para trocar ideias, promover eventos, ter acesso a oportunidades de negócios e até mesmo criar projetos em conjunto. Atualmente são 13 verticais, dentre elas a de agronegócios, educação, saúde e varejo. "A adesão das associadas é grande, visto que há possibilidade de networking. Conseguimos reunir em um mesmo ambiente grandes companhias, startups, fundos de investimento, entre outros atores do ecossistema, o que acaba gerando uma troca interessante para todos", revela Silvio Kotujansky, diretor de inovação e novos negócios da Acate.

Ao ocupar um espaço onde as pessoas respiram inovação o tempo todo, é natural que os gestores se contagiem com o entusiasmo por buscar novas formas de fazer negócios. Um grande exemplo disso é o LinkLab, programa de inovação aberta. Ali, a Acate reúne companhias de todos os setores - desde instituições de ensino, como o Cesusc e a Uniasselvi, até grandes varejistas, a exemplo de Koerich e Fort Atacadista. Também estão no LinkLab indústrias como a Weg e instituições como o próprio governo catarinense. Desde o início do programa, em 2017, mais de 100 startups já participaram. Hoje estão em andamento 39 projetos. Um caso recente é a conexão entre Unimed Grande Florianópolis e a Nina Tecnologia, que permitiu à cooperativa médica reduzir em até 30% um de seus maiores problemas – o volume de faltas e cancelamentos em consultas.

Esse conteúdo integra a edição 337 de AMANHÃ que revelou quem são as empresas mais inovadoras do Sul. Clique aqui para acessar a publicação on-line, mediante pequeno cadastro.

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Domingo, 24 Novembro 2024

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