Como funciona a ferramenta que baseará ações regionalizadas em Santa Catarina

Governo estadual compartilhou sistema, que passará a funcionar a partir desta segunda-feira, com prefeituras
A ferramenta é capaz de mapear e avaliar risco potencial do esgotamento dos serviços de saúde de regiões específicas durante a pandemia da Covid-19

A partir desta segunda-feira (8) Santa Catarina terá mais um instrumento para combater o coronavírus. Uma ferramenta on-line com informações detalhadas será disponibilizada aos municípios para que, com apoio do governo, tomem as decisões mais adequadas para cada realidade. Por meio desse sistema, será possível adotar estratégias regionalizadas contra a Covid-19.

Prefeitos e gestores de saúde poderão utilizar a ferramenta tecnológica com dados sobre o coronavírus em cada cidade e região para acompanhar como o vírus se propaga, avaliar os riscos e quais as recomendações deverão ser colocadas em prática. Com base nas informações, será possível decidir com mais segurança sobre flexibilizar ou restringir ainda mais as medidas. "Acreditamos que essa é uma estratégia eficiente com foco na preservação da vida e, ao mesmo tempo, fortalece o Estado para um processo de retomada econômica", afirmou o governador Carlos Moisés.

A ferramenta criada no Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES) é capaz de mapear e avaliar risco potencial do esgotamento dos serviços de saúde de regiões específicas durante a pandemia da Covid-19. A avaliação servirá como base para identificar prioridades de investimento hospitalar em Santa Catarina, orientar ações municipais e diagnosticar, por meio de indicadores, quais regiões podem ter maior flexibilização de medidas emergenciais durante o novo coronavírus. Com o mapa, cada região terá a oportunidade de saber sua própria situação de risco epidemiológico. Além de apontar fatores, a ferramenta sugere aos prefeitos e secretários o que precisará ser feito para tirar a sua região da área de risco.

Como funciona
As dimensões de análise medem itens como atividade e quantidade dos casos, o potencial de o vírus se espalhar e a sobrecarga do sistema de saúde ocasionada pela doença. Os critérios adotados estão relacionados à prioridade de atuação e são: isolamento social, investigação, testagem e isolamento de casos, reorganização de fluxos assistenciais e ampliação de leitos. De acordo com o risco apontado em cada região, há uma série de recomendações às pessoas, aos estabelecimentos, à gestão pública e à saúde pública, cabendo aos municípios, organizados regionalmente, definirem suas prioridades e ações. A avaliação será atualizada semanalmente e permitirá que os gestores percebam se as ações tomadas surtiram efeito no combate ao coronavírus ou se devem ser ampliadas ou revistas.

Outro dado interessante é que a avaliação também orienta quais são as dimensões que estão mais frágeis. "Mudar a Classificação de Risco Potencial na região só será possível com uma atuação coordenada entre os municípios e que avalie constantemente sua capacidade de vigilância epidemiológica na identificação e rastreio de casos, organização dos serviços de saúde na triagem e no isolamento social", explica Maria Cristina Willemann, epidemiologista que atua no COES e é uma das responsáveis pela ferramenta. Durante a semana passada a ferramenta foi testada com os gestores municipais por meio de webconferências.

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