S&P altera perspectiva dos ratings da Gerdau para positiva
A S&P Global Ratings anunciou nesta quinta-feira (31) que alterou a perspectiva dos ratings da Gerdau S/A e da Gerdau Ameristeel de estável para positiva. Além disso, reafirmou os ratings de crédito de emissor ‘BBB-’ na escala global. A agência de risco manteve o rating ‘brAAA’ da Gerdau na Escala Nacional Brasil. A perspectiva desse rating segue estável. “A perspectiva positiva indica que poderemos elevar os ratings de crédito de emissor na escala global se a Gerdau mantiver as margens consistentemente acima de 14% e se comprometer em manter a alavancagem abaixo de 2x e o índice de geração interna de caixa (FFO – funds from operations) sobre dívida acima de 45%”, informa a S&P.
“A siderúrgica brasileira Gerdau conseguiu reduzir sua alavancagem rapidamente, apesar da forte recessão em seu principal mercado. Isso foi possível graças à venda de ativos não essenciais (core), foco no aumento das margens, produtos com maior valor agregado, controles de custos, além de redução nos investimentos e uma gestão do capital de giro mais eficiente”, explica a S&P. Segundo a agência, a redução da dívida foi possibilitada, em grande medida, pelas significativas vendas de ativos, que totalizaram R$ 7 bilhões nos últimos três anos, além da gestão de capital de giro mais eficiente e investimentos de capital (capex) limitados aos níveis de manutenção.
“As operações brasileiras da Gerdau melhoraram significativamente em 2018. Isso foi fruto de sua capacidade de aumentar os preços no mercado doméstico para compensar a depreciação cambial. Os preços dos produtos da empresa no Brasil são razoavelmente correlacionados aos preços internacionais, o que ajuda a conter a competição dos importados. As margens das operações domésticas da Gerdau aumentaram para 20% nos primeiros nove meses de 2018, versus 14,5% no mesmo período de 2017. Esperamos que o fortalecimento gradual da economia brasileira e o crescimento global elevem os volumes da Gerdau”, informa a agência.
“A empresa vendeu seu negócio de vergalhões nos Estados Unidos, que apresentava margem mais baixa, o que por si só já deveria resultar em margens consolidadas mais altas. Além disso, as operações da Gerdau nos Estados Unidos têm se beneficiado das barreiras comerciais sob a seção 232, o que levou a um aumento dos preços devido à menor concorrência. Nesse sentido, os spreads de metais da Gerdau nos Estados Unidos deverão crescer, resultando em margens Ebitda próximas a 10% nos próximos trimestres, à medida que a empresa se concentra na produção de produtos com valor agregado”, prevê a S&P.
A Gerdau é a maior empresa da região, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado por AMANHÃ, com apoio técnico da PwC.
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