Peterlongo dá voz ao consumidor
Ao invés de salas fechadas, um ambiente aberto, descontraído, agradável. No lugar de um curso, uma avaliação de seis produtos da Peterlongo em uma degustação às cegas conduzida pelo winemaker da vinícola, o enólogo francês Pascal Marty. O Tasting Peterlongo acontecerá no sábado, 14 de outubro, das 16h às 18h, em frente ao Castelo Peterlongo, em Garibaldi (RS), a Capital Brasileira do Espumante. Ao término, todos receberão certificado de participação. Ingressos já podem ser adquiridos no varejo da vinícola ou pelo site Sympla. O investimento é de R$ 50 por participante.
O objetivo é gerar uma experiência diferenciada ao público apreciador de vinhos (sommeliers, enólogos, enófilos, membros de confrarias etc) ou leigos no assunto. “Vamos reunir pessoas que têm em comum o gosto pela bebida, mas que estão dispostas a compartilhar uma vivência que foge o tradicional e que valoriza o trabalho do enólogo. Ou seja, vamos unir a técnica da degustação com a socialização do vinho, porém de um jeito leve e até divertido”, destaca Marty (na foto, à esquerda), que terá a companhia da enóloga da Peterlongo, Deise Tempass.
Cada um dos produtos será degustado às cegas por todos os participantes ao mesmo tempo. As notas serão registradas por cada degustador em uma ficha que segue os padrões da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV). Ao final, as fichas serão recolhidas e as notas computadas. “Queremos saber qual é a opinião do consumidor. Tenho certeza que o resultado será motivo para novos encontros”, afirma Luiz Carlos Sella (na foto, à direita), sócio diretor da vinícola. Os rótulos somente serão divulgados ao final da avaliação. Entre os seis produtos, um será exclusivo, escolhido especialmente para o Tasting Peterlongo.
Cepas & Cifras opina
A experiência que será protagonizada pela Peterlongo deveria ter adesão de outras vinícolas. Ou mesmo de concursos que têm a pretensão de escolher a melhor bebida. Uma falha desses tastings é a formação do júri onde, na maior parte das vezes, são convidados apenas enólogos ou técnicos. O ideal seria ter uma mescla dos dois públicos reunindo, sim, os especialistas, mas também consumidores. Com isso, a nota alcançada por um vinho seria uma média mais próxima do que o mercado espera. Sei de alguns estabelecimentos no Sul que também testam as bebidas com diferentes tipos de público. Eis aí, quem sabe, uma forma de o Brasil conseguir desenvolver mais rapidamente o bom hábito de beber vinho e fazer com que todo o mercado avance.
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