A Marcopolo está embalando no mercado interno e também lá fora
No segundo trimestre de 2021, a Marcopolo registrou um crescimento de produção acima do percentual registrado no mercado nacional. Entre abril e junho, o Brasil registrou um aumento de 4,7%, com 3.456 unidades produzidas, no comparativo com o mesmo período do ano anterior. No mesmo intervalo, a Marcopolo atingiu um crescimento de 21,6%, com 2.483 unidades produzidas nas unidades brasileiras, incluindo a produção de modelos Volare.
A receita líquida da companhia somou R$ 823,7 milhões no segundo trimestre, aumento de 3,2%. O lucro líquido foi de R$ 200,9 milhões, com margem de 24,4%, beneficiado pelo reconhecimento dos processos de exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins, que representaram impacto positivo de R$ 383,0 milhões, antes de impostos (veja os principais resultados na tabela ao final desta reportagem). O setor de fretamento está entre os segmentos que contribuíram positivamente com o desempenho da companhia, seguido pelos modelos entregue ao programa Caminho da Escola.
"Começamos a perceber sinais de recuperação da confiança de clientes e usuários. Um dos indicativos é o aumento do interesse de compra e maior uso das frotas paradas, o que deve levar a compras efetivas mais adiante. A companhia segue confiante de que a demanda retornará de forma mais intensa no fim do terceiro trimestre, com boas perspectivas para o quarto trimestre, quando a maioria da população brasileira deverá ter tomado a primeira dose da vacina contra Covid-19", avalia José Antonio Valiati, CFO e diretor de Relações com Investidores da Marcopolo.
Com o programa federal Caminho da Escola, a Marcopolo entregou 368 unidades, sendo 120 micros, 18 urbanos e 230 modelos Volare. Em junho deste ano, foi realizada uma nova licitação, pela qual a companhia terá o direito de 3.900 unidades, do total de 7.000 ônibus licitados.
Mercado externo
Mesmo diante do cenário adverso provocado pela pandemia, no segundo trimestre deste ano, a produção da Marcopolo direcionado para exportações foi 18,8% superior ao mesmo período do ano anterior. Nas unidades localizadas fora do Brasil, a produção cresceu 61,2%, contra uma base mais fraca de 2020, quando parte das operações se encontravam com as atividades suspensas em função da pandemia. Os números representam um total de 30,9% da receita líquida da companhia no segundo trimestre.
"Países mais avançados na vacinação, como o Chile, mostram recuperação de volumes, ao mesmo tempo que mercados importantes, como Peru e América Central, avançam mais lentamente", comenta Valiati. O continente africano segue como um mercado importante para a companhia, com volumes expressivos previstos para o segundo semestre de 2021. Na África do Sul, há indicação de recuperação de volumes no curto prazo. Neste cenário, a produção consolidada para país africano foi de 90 unidades durante o segundo trimestre, frente aos 24 veículos no mesmo período de 2020.
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