Lucro da Rumo cai pela metade no terceiro trimestre
A Rumo transportou um volume de 17,5 bilhões de TKU no terceiro trimestre, superando em 1% o volume recorde da companhia no mesmo período de 2019, com destaque para o crescimento do transporte de açúcar (+88%), fertilizantes (+20%) e celulose (+18%). Com isso, a receita líquida totalizou R$ 2 bilhões, em linha com o igual período do ano passado, refletindo a queda na receita de transporte ferroviário em função do aumento de 1% no volume com diminuição de 4,2% na tarifa.
O lucro líquido foi de R$ 171 milhões entre julho e setembro, ante R$ 369 milhões no mesmo intervalo de 2019, influenciado pelas maiores despesas financeiras em decorrência da renovação antecipada da Malha Paulista (veja os principais indicadores da Rumo terceiro trimestre e no acumulado anual na tabela ao final desta reportagem). O pré-pagamento de R$ 5,1 bilhões das outorgas da Malha Paulista e da Malha Central, realizado em 15 de setembro, compensou parcialmente o efeito da renovação da Malha Paulista nas despesas financeiras.
No terceiro trimestre, a Rumo, que pertence ao Grupo Cosan e tem sede em Curitiba, manteve seu market share de grãos no Porto de Santos (SP), acompanhando a queda de volume do mercado (-6%). No que se refere ao Mato Grosso, as exportações ficaram abaixo do ano anterior em julho e agosto, registrando um crescimento médio de apenas 2,7%, refletindo a menor propensão do produtor a comercializar os grãos. As exportações do Mato Grosso através de outros portos cresceram 6,5%, principalmente por conta dos preços mais baixos praticados em função da pavimentação da Rodovia BR-163, ainda não licitada e, portanto, sem a esperada cobrança de pedágio.
A Operação Sul perdeu 1 ponto percentual do transporte de grãos aos portos de Paranaguá (PR) e São Francisco do Sul (SC), resultado que reflete a menor disponibilidade de milho para exportação, especialmente nas regiões atendidas pela Rumo. A Malha Sul apresentou queda de 5,8% no volume transportado, atingindo 4 bilhões de TKU. A retração de 0,4% no transporte de produtos agrícolas se deve à maior cadência na comercialização do milho e a quebra de safra no Rio Grande do Sul, que foram parcialmente compensados pelo crescimento no transporte de açúcar e soja no Paraná. Os produtos industriais apresentaram baixa de 20,5%, impactados pela queda do transporte de combustível e outras cargas industrializadas, refletindo a redução do consumo interno devido ao cenário da pandemia.
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