Faturamento da BRF sobe 17,5% entre julho e setembro

Receita foi de quase R$ 10 bilhões no período. Lucro, porém, foi 28,2% menor
Suspensão de uma unidade do Paraná diminuíram as margens de lucro na Arábia Saudita

A BRF registrou receita líquida de R$ 9,9 bilhões nas operações continuadas no terceiro trimestre, o que representa crescimento de 17,5% em relação ao mesmo período de 2019. O lucro líquido consolidado, segundo o total societário, da companhia catarinense, no entanto, foi de R$ 219 milhões, queda de 28,2% em relação ao terceiro trimestre do ano passado (veja alguns dos principais dados econômico-financeiros ao final desta reportagem e clique aqui para ver as demonstrações financeiras completas).

A receita líquida no Brasil totalizou R$ 5,2 bilhões, com crescimento de 20,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O volume total apresentou um crescimento anual de 3,3%, com destaque para as categorias de maior valor agregado, como processados e margarinas com aumento de 7,9%. Também no mercado interno, a participação do mix de valor agregado avançou para 83,5% das vendas, com crescimento de 3 pontos percentuais em relação ao terceiro trimestre de 2019.

No segmento internacional, as vendas avançaram 13,5% em relação ao terceiro trimestre do ano passado, para R$ 4,3 bilhões. As margens, porém, diminuíram 6,8 pontos percentuais no período, para 11%. De acordo com a companhia catarinense, a redução foi em função dos ajustes necessários feitos na cadeia produtiva por conta da pandemia. Apesar das margens saudáveis obtidas no mercado saudita, as suspensões temporárias das plantas de Dois Vizinhos, no Paraná, e Kizad, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, para exportação à Arábia Saudita, continuam impactando negativamente o desempenho na região como um todo, por conta da necessidade de redirecionamento de volumes para outros mercados com menor rentabilidade.

A BRF afirma, porém, que já percebeu evolução na rentabilidade, na comparação com o segundo trimestre deste ano. "Na Turquia, fatores como a crise econômica, desvalorização da lira turca, intercorrências no fluxo de exportações para o Iraque (que representa o canal para exportação de cerca de 30% da produção doméstica), continuam impactando negativamente nossas operações neste mercado. O recrudescimento do Covid-19 no país durante o terceiro trimestre, trouxe impactos sobre o consumo ainda maiores", revela a companhia.

"Ao final do terceiro trimestre de 2018, registrávamos um prejuízo acumulado de R$ 2,4 bilhões nas operações continuadas e alavancagem 6,74 vezes. Neste ano, e sob um contexto extremamente desafiador com os efeitos da Covid-19, alcançamos até agora um lucro líquido acumulado de R$ 488 milhões nas operações continuadas e a alavancagem caiu para 2,90 vezes, mesmo com avanço do dólar de R$ 4,02 para R$5 ,64, sem este efeito, nossa alavancagem seria de 2,46 vezes", exemplifica Lorival Luz, CEO da BRF, no relatório trimestral.

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Comentários: 1

sila dias da silva em Terça, 09 Março 2021 18:27

Parabéns, BRF, pois mesmo em tempo de pandemia conseguiu aumentar suas vendas. Sou estudante de gestão comercial.

Parabéns, BRF, pois mesmo em tempo de pandemia conseguiu aumentar suas vendas. Sou estudante de gestão comercial.
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Domingo, 24 Novembro 2024

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