América do Norte puxa resultado da Gerdau
A Gerdau encerrou o primeiro trimestre de 2019 com R$ 10 bilhões de receita líquida, 3,5% a menos sobre o ano anterior, influenciada pela diminuição dos volumes vendidos, em razão dos desinvestimentos concluídos em 2018: operações no Chile, na Índia e de grande parte das unidades de vergalhão e fio máquina nos Estados Unidos. Os desinvestimentos da Gerdau também influenciaram na redução de 23% nas vendas físicas de aço (3 milhões de toneladas) e de 20% nos volumes de produção (3,3 milhões de toneladas). O bem-sucedido plano de desinvestimentos da Gerdau conduzido nos últimos anos, que alcançou o valor econômico de cerca de R$ 7 bilhões, resultou na redução de forma expressiva do endividamento da Empresa. A relação entre dívida líquida e Ebitda caiu de 2,7x para 1,8x na comparação entre o primeiro trimestre de 2019 e o mesmo período do ano anterior.
A geração de caixa operacional (Ebtida) evoluiu 5% no primeiro trimestre, atingindo R$ 1,6 bilhão, o que representa o melhor desempenho da Gerdau para o período dos últimos onze anos. A margem Ebitda subiu para 15,5%, uma vez que a Empresa passou a focar em ativos com maior rentabilidade. O Ebitda da Operação de Negócio da América do Norte, por sua vez, cresceu 104% no período, alcançando R$ 506 milhões. Já as despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A) representaram 3,7% da receita líquida no primeiro trimestre, reduzindo o percentual apresentado no mesmo período do ano anterior e representando uma diminuição de 12% em termos absolutos, reflexo dos contínuos esforços de simplificação e inovação digital, além dos desinvestimentos realizados. O lucro líquido, por sua vez, chegou a R$ 453 milhões, em linha com os três primeiros meses de 2018 e 16,5% maior do que o último trimestre do ano passado.
“Fechamos o primeiro trimestre com uma expressiva evolução nos resultados da América do Norte, um de nossos principais mercados de atuação. O desempenho positivo foi impulsionado pela vigência integral no período dos efeitos de estímulo à produção local decorrentes da Seção 232 e pelo nível recorde de spread metálico. O aumento do Ebitda consolidado em 5% com relação ao primeiro trimestre de 2018, apesar da redução de 23% nas vendas físicas e de 20% nos volumes de produção, demonstram o êxito do plano de desinvestimentos realizado nos últimos anos”, destaca Gustavo Werneck, diretor-presidente da companhia.
“No Brasil, apesar da lenta reação dos mercados de construção civil e indústria, além de uma forte pressão dos custos com matérias-primas, especialmente minério de ferro e carvão, tivemos um desempenho nas vendas de acabados – planos e longos – acima da média do mercado, influenciado pelo varejo. Revisamos nossa projeção de recuperação da economia do país, acreditando que deva ocorrer a partir do segundo semestre, após a aprovação da necessária Reforma da Previdência. Em razão desse cenário, continuaremos a ser seletivos com as aprovações dos nossos investimentos”, projeta Werneck.
Ao longo dos três primeiros meses de 2019, a Gerdau investiu R$ 305 milhões em ativo imobilizado, sendo R$ 191 milhões em manutenção geral, R$ 37 milhões em manutenção de Ouro Branco e R$ 77 milhões em expansão e atualização tecnológica. Como já divulgado anteriormente, a Gerdau mantém seu programa de investimentos para o período de três anos (2019-2021) de R$ 7,1 bilhões. Para o ano de 2019, a previsão dos investimentos é de R$ 2,2 bilhões.
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