Inovação é um dos pilares do desenvolvimento
A educação e a cultura empreendedora brasileira, principais pilares para a inovação e para o desenvolvimento de startups no país, precisam evoluir. Essa fórmula para recuperação do pouco desenvolvido setor brasileiro foi apresentada durante o tradicional Tá na Mesa desta quarta-feira (5), na Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul), em Porto Alegre.
De acordo com o assessor da Área de Ciência, Tecnologia e Inovação da PUCRS e presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), Jorge Audy (na foto, ao centro), o desenvolvimento do país está alicerçado em dois setores atrasados no Brasil, em comparação com os demais lugares do mundo: a educação e a inovação. “O nosso ensino aqui é do século 19, enquanto os outros países já estão no século 21”, observou. Com potencial para a criação de milhares de startups só no Rio Grande do Sul, Audy afirmou que não se somam 150 no Estado até o momento. “A gente paga um preço aqui no Brasil de ter começado esse movimento de startups 50 anos depois”, reiterou.
Sobre essa falta de representatividade no setor, o founder e CEO da Ventiur, Sandro Cortezia (na foto, à direita), concordou que o Rio Grande do Sul está aprendendo a trabalhar em conjunto, aproveitando melhor os parques tecnológicos e usufruindo dos resultados, mas reitera que é preciso mais. “O Estado tem de ter o investimento nas startups como pauta estratégica, uma vez que são oportunidades de negócio e de receita”, defendeu. Essa fonte para o desenvolvimento do país fica ainda mais necessária neste momento de instabilidade pelo qual o Brasil passa. “A crise é uma boa oportunidade para que as pessoas busquem alternativas mais baratas e efetivas para enfrentar seus problemas, e a parceria com as startups é uma boa opção”, observou André Ghignatti (na foto, à esquerda), diretor executivo da Wow Aceleradora. Audy lembrou, ainda, que as startups devem ser vistas como braços externos, que podem auxiliar na criação de produtos inovadores para entidades já consagradas. “É necessário uma mudança cultural no pensamento das grandes corporações para que aprendam a expandir suas fronteiras além da própria instituição”, opinou.
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