O efeito sanfona da classe C
Nos últimos dez anos, um dos motores do aquecimento da economia foi o consumo das famílias. A engorda foi estimulada pelo crédito fácil, embora sempre muito caro, pela estabilidade dos preços e pela abundância de emprego na faixa intermediária de renda e entre as pessoas com formação profissional menos qualificada.
Entre 2006 e 2012, no boom do consumo, 3,3 milhões de famílias escalaram um degrau, das classes D/E para a classe C. Elas ganharam acesso a produtos e serviços que até então não faziam parte de seu dia a dia. Entre os principais, plano de saúde, ensino superior, carro zero e viagens de turismo.
Mas, aponta estudo da Tendências Consultoria Integrada, a festa acabou e a cintura da nova classe média volta a afinar. Cerca de 10 milhões de pessoas – nada menos do que 5% da população brasileira – iniciam o caminho de volta, afetados pelo aumento do desemprego e da inflação. Ou seja, a recessão levou de volta à base da pirâmide social uma parte da classe C, um contingente formado por famílias com renda mensal entre R$ 1.958 e R$ 4.720.
O rendimento mensal delas está minguando, devolvendo-as para a classe D/E, em que se ganha até R$ 1.957. A mobilidade registrada em sete anos (de 2006 a 2012) deve ser praticamente anulada em três (de 2015 a 2017).
Para definir esse número, a Tendências projeta que, entre 2015 e 2017, a economia deve recuar 0,7% ao ano; a massa real de rendimentos, que inclui renda do trabalho, previdência e bolsa família, vai cair 1,2% ao ano; e o desemprego deve dar um salto, atingindo 9,3% da população em idade de trabalhar em dezembro de 2017 – o maior nível em 13 anos.
RODADA
Schew
Escada ou escorregador? Quem trabalha no Grupo Schew, em Curitiba, poderá escolher. A empresa, que atua na construção civil e mercado imobiliário, constrói uma nova sede, com projeto inspirado no ambiente inovador e tecnológico do Google. E o destaque será um escorregador de aço de 3,5 metros de altura, inédito no país, por onde os colaboradores poderão se movimentar entre os andares.
Aurora Branding
“Minha pequena Alemanha” ou “Unser Kleines Deutschland”, em alemão castiço, é a marca oficial criada pela curitibana Aurora Branding para a catarinense Pomerode. O título resultou de pesquisa e imersão na alma da cidade, reafirmando atributos caros aos 30 mil habitantes, como cultura, trabalho, ordem e união. E vai integrar o esforço público para impulsionar o desenvolvimento da economia local. Além da marca, a Aurora desenvolveu o selo “Feito em Pomerode/Hergestellt in Pomerode” para valorizar os produtos regionais. A Aurora Branding existe desde 2010 e é pioneira em consultoria de branding na capital paranaense.
Ambev
A nova cervejaria da Ambev em Ponta Grossa (PR) produziu os primeiros de seus 380 mil hectolitros mensais nesta terça-feira (3). A fábrica de Curitiba cerrou as portas, substituída por um investimento de R$ 825 milhões. A unidade recém-inaugurada abriu 380 empregos diretos e trouxe de volta a sua terra natal a tradicionalíssima cerveja Adriática, nascida no início do século 20 e descontinuada em 1940. De Ponta Grossa agora saem também as marcas Antarctica, Antarctica Sub Zero, Skol, Original e Brahma Chopp.
DCL Real Estate
Um novo condomínio logístico está sendo entregue em Pinhais, região metropolitana de Curitiba, pela DCL Real Estate. O Armazém 3 tem 12 mil metros quadrados e foi construído em nove meses. Réplica do Armazém 5, lançado no primeiro semestre de 2014, o edifício tem docas reguláveis e capacidade para atender até sete empresas locadoras ao mesmo tempo.
Latas
O índice 2014 de reciclagem de latas de alumínio para bebidas será conhecido nesta semana. Desde 2001, o Brasil detém a liderança na coleta e transformação das latinhas descartadas. Os dados são organizados pela Abal e pela Abralatas, associações que representam os fabricantes.
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