Número de setores industriais confiantes é o maior em quase dois anos
Em setembro, empresários de 26 dos 29 setores industriais demonstram confiança, de acordo com o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) setorial, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Esse é o maior número de setores da indústria confiantes em quase dois anos. De acordo com o levantamento, empresários de apenas três setores alegam falta de confiança. O gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo, lembra que, desde outubro de 2022, não havia otimismo em tantos setores, ao mesmo tempo. Ele credita o resultado positivo à melhora da percepção dos empresários sobre a economia.
"A confiança está bastante espalhada entre os setores industriais. A avaliação dos empresários sobre as condições atuais, de uma forma geral, vinha segurando a confiança, em especial da economia brasileira, mas isso vem melhorando nos últimos meses", explica. Na passagem de agosto para setembro, o ICEI de 21 setores aumentou. Em seis, a alta foi suficiente para que eles migrassem de falta de confiança para confiança. São eles: metalurgia; couro e artefatos de couro; máquinas e equipamentos; produtos de metal; biocombustíveis; e equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos. Em sete setores, a confiança diminuiu, o que fez com os serviços especializados para a construção e madeira passassem de um patamar positivo para um patamar negativo de confiança.
O ICEI avançou entre todos os portes de indústrias em setembro. Tanto nas médias quanto nas grandes empresas, o indicador registrou alta de 1,7 ponto, enquanto, nas pequenas, o índice subiu 0,9 ponto. Todos os portes de empresa industrial demonstram confiança e, com o resultado de setembro, o otimismo está mais intenso. A confiança cresceu entre os empresários de todas as regiões do país, com destaque para o Sul, onde se registrou a alta mais expressiva do ICEI, de 2,3 pontos. Desde abril, a indústria da região não registrava um índice significativamente acima da linha divisória dos 50 pontos, que separa falta de confiança de confiança. Entre os industriais do Nordeste, a confiança subiu 2,2 pontos. O otimismo também subiu no Norte (mais 1,6 ponto) no Sudeste (mais 1,3 ponto) e no Centro-Oeste (mais 0,7 ponto).
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