Industrial gaúcho revela otimismo com primeiro semestre

Índice de confiança fecha o ano de 2021 em crescimento, de acordo com a Fiergs
As expectativas da indústria gaúcha para os próximos seis meses voltaram a crescer, após três quedas seguidas

Depois de cair por três meses consecutivos, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-RS) voltou a subir em dezembro frente a novembro, fechando 2021 de forma positiva, segundo divulgou a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). De acordo com a pesquisa, o índice cresceu um ponto, atingindo 58,5. A pesquisa foi realizada entre 1º e 13 de dezembro com 212 empresas, sendo 47 pequenas, 66 médias e 99 grandes.

"Os resultados do último mês do ano sugerem um cenário positivo para a atividade industrial gaúcha nos primeiros meses de 2022. A presença de confiança, sustentada pela perspectiva de retorno completo das atividades econômicas e pela redução nas dificuldades na cadeia de suprimentos, contribuirá para a expansão do setor à medida que empresários mais otimistas são mais propensos a investir e a contratar", afirma Gilberto Porcello Petry, presidente da Fiergs, por meio de nota.

O industrial alerta, porém, que o cenário também apresenta incerteza, com a alta dos juros e da inflação, o risco fiscal e a pressão de custos provocada pelos aumentos nos preços dos insumos e matérias-primas, da energia elétrica e dos combustíveis.

O ICEI-RS varia de zero a cem pontos. Valores acima de 50 indicam confiança. Quanto mais acima dessa marca, maior e mais disseminada. O índice no fechamento de 2021 ficou acima da média histórica de 54,1 pontos, indicando confiança em nível bastante elevado. Já o Índice de Condições Atuais permaneceu estável em 53,1 pontos. Significa que a percepção de melhora nas condições correntes dos negócios não se alterou na passagem de novembro para dezembro, mas, acima de 50 pontos, permanece positiva.

Em relação à própria empresa a percepção também é favorável, apesar da queda do índice de 56,3 para 55,7 pontos no período. Em contrapartida, o Índice de Condições Atuais da Economia Brasileira subiu de 46,2 para 47,9 pontos, mas continuou abaixo de 50. No último mês do ano, 31,1% dos empresários percebem piora na economia brasileira e 23,6% veem melhora.

As expectativas da indústria gaúcha para os próximos seis meses voltaram a crescer, após três quedas seguidas. O Índice avançou 1,4 ponto em relação a novembro, para 61,2, em dezembro. Acima de 50 pontos, reflete otimismo, que subiu ligeiramente para a economia brasileira: de 54,4 para 55 pontos. Em dezembro, o percentual de otimistas, 34,9% dos empresários, é superior ao de pessimistas (14,2%). As expectativas sobre as próprias empresas registraram a maior alta do mês, 1,7 ponto, e o maior patamar entre todos os componentes da confiança: 64,3 pontos.

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