Indústria puxa criação de empregos formais no RS no ano

Setor de máquinas e equipamentos foi o principal destaque
Litoral Norte, Serra, região das Hortênsias e Campos de Cima da Serra lideraram o aumento no estoque de vínculos formais de trabalho

Até agosto, o Rio Grande do Sul registrou a geração de 118,8 mil empregos formais – alta de 4,7% sobre o total. Nesse período, a indústria foi a líder na criação de vagas, responsável por 38,8% dos novos postos, com destaque para os segmentos de máquinas e equipamentos e o coureiro-calçadista. O ranking é seguido do setor de serviços (37,6% do total), comércio (16,8%), construção (4,7%) e agropecuária (2,1%).

No período de 12 meses, entre setembro de 2020 e agosto de 2021, o Rio Grande do Sul registrou a geração de 188,1 mil empregos formais, alta de 7,6%, enquanto na comparação de agosto com julho o saldo foi positivo em 11,8 mil vínculos formais. De acordo com dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), o Rio Grande do Sul tinha em agosto um estoque de 2,6 milhões de empregos formais.

Os dados estão no Boletim de Trabalho, publicação do Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), e foram divulgados nesta quarta-feira (13). O documento, elaborado pelos pesquisadores Raul Bastos e Guilherme Xavier Sobrinho, é produzido com foco no Rio Grande do Sul a partir de informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e do Novo Caged, do Ministério da Economia.

Apesar das altas, os números registrados no Rio Grande do Sul deixaram o Estado abaixo da média do Brasil nos períodos analisados. Na comparação de agosto com o mês anterior, o país obteve aumento de 0,9% no número de vínculos formais, por exemplo.

Considerando as vagas geradas em 12 meses, as regiões que abrangem o Litoral Norte, a Serra, região das Hortênsias e Campos de Cima da Serra lideraram o aumento no estoque de vínculos formais de trabalho. No litoral a alta foi de 13,1% no período, enquanto que o crescimento chegou a 9,5% nas outras localidades.

No lado oposto do ranking das regiões, a Campanha, a Fronteira Oeste e os vales do Taquari e do Rio Pardo registraram as menores variações. "A liderança do litoral foi possivelmente beneficiada por um incremento populacional relacionado à pandemia, enquanto na Serra a atividade da indústria, que foi o setor com maior dinamismo na geração de empregos, especialmente o ligado ao segmento de máquinas e equipamentos, puxou o desempenho. A estiagem de 2020 e a retração no segmento de produtos de fumo foram determinantes para os números das regiões da Campanha e dos Vales", avalia o pesquisador Guilherme Xavier Sobrinho.

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