Contas externas têm saldo positivo de US$ 649 milhões em maio
Com superávit comercial recorde, as contas externas tiveram saldo positivo de US$ 649 milhões em maio, informou o Banco Central (BC). No mesmo mês de 2022, houve déficit de US$ 4,6 bilhões nas transações correntes, que são as compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda com outros países. A diferença na comparação interanual é resultado, integralmente, da elevação de US$ 6,4 bilhões no superávit comercial no mês. As exportações de bens totalizaram o recorde de US$ 33,3 bilhões em maio, aumento de 11,2% em relação a igual mês de 2022. Com esses resultados, em maio de 2023, a balança comercial fechou com saldo positivo de US$ 9,7 bilhões, ante saldo positivo de US$ 3,3 bilhões em maio de 2022. É o maior superávit da série histórica, para qualquer mês, iniciada em janeiro de 1995.
Por outro lado, o déficit em renda primária (pagamento de juros e lucros e dividendos de empresas) aumentou US$ 1,1 bilhão, o déficit em serviços caiu US$ 290 milhões e o superávit em renda secundária, que são as transferências sem contrapartidas, recuou US$ 309 milhões. Em 12 meses, encerrados em maio, o déficit em transações correntes é de US$ 48,5 bilhões, 2,4% do PIB, ante o saldo negativo de US$ 53,8 bilhões (2,73% do PIB) em abril de 2023 e déficit de US$ 51,2 bilhões (2,89% do PIB) no período equivalente terminado em maio de 2022. Os ingressos líquidos em investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 5,3 bilhões em maio último, ante US$ 3,9 bilhões em maio de 2022, crescimento de 36%. No mês passado, houve ingressos líquidos em participação no capital de US$ 4,9 bilhões, como compra de novas empresas e reinvestimentos de lucros, contra US$ 5,7 bilhões em maio de 2022. Enquanto isso, as operações intercompanhia tiveram superávit de US$ 438 milhões em maio de 2023, contra déficit de US$ 1,7 bilhão no mesmo mês de 2022, principal responsável pela alta no IDP. Quando o país registra saldo negativo em transações correntes, precisa cobrir o déficit com investimentos ou empréstimos no exterior. A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o IDP, pois os recursos são aplicados no setor produtivo e costumam ser investimentos de longo prazo.
Com Agência Brasil
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