Mapa apresenta 13 regiões vermelhas no Rio Grande do Sul
Ao chegar à 16ª rodada nesta sexta-feira (21), o mapa preliminar do modelo Distanciamento Controlado traz 13 bandeiras em vermelho (risco epidemiológico alto para Covid-19). As outras oito regiões foram classificadas com bandeira laranja (risco médio). As bandeiras definitivas serão divulgadas na segunda-feira (24). As regiões de Santa Cruz do Sul e Lajeado (foto) apresentaram piora nos índices e passaram para a bandeira vermelha. Somam-se às regiões de Taquara, Novo Hamburgo, Canoas, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Santo Ângelo, Santa Rosa, Capão da Canoa, Guaíba, Porto Alegre e Pelotas, que já eram vistas como risco alto e se mantiveram assim nesta rodada.
Mesmo que as regiões de Pelotas, Guaíba e Capão da Canoa tenham apresentado média final indicando redução na classificação de risco para bandeira laranja, o Gabinete de Crise aplicará a trava prevista no modelo de Distanciamento Controlado para regiões com duas ou mais semanas em bandeira vermelha em um intervalo de 21 dias. Portanto, mesmo com a média final indicando redução na classificação de risco para laranja, as regiões seguirão por mais uma semana na condição de bandeira vermelha. O nível de risco será efetivamente reduzido se apresentarem por mais uma semana média final compatível com a bandeira laranja. As regiões de Cruz Alta, Ijuí e Uruguaiana apresentaram melhora nos indicadores nesta rodada e reduziram para bandeira laranja.
Conforme o mapa preliminar da 16ª rodada, 321 municípios (do total de 497) estão classificados em bandeira vermelha, somando 8.122.796 habitantes, ou seja, 71,7% da população gaúcha (total de 11.329.605 habitantes). Desses, 138 municípios (680.792 habitantes, 6% do RS) podem adotar protocolos de bandeira laranja, porque cumprem os critérios da Regra 0-0, ou seja, não têm registro de óbito ou hospitalização de moradores nos últimos 14 dias, desde que a prefeitura crie um regulamento local.
Alertas
O crescimento de novas hospitalizações em determinadas regiões chamou a atenção da equipe que monitora o modelo. É o caso de Santa Cruz do Sul e Bagé, onde as novas internações por Covid-19 cresceram 100% de uma semana para a outra (Santa Cruz do Sul de 14 para 28 pacientes e Bagé, de oito para 16 internados). Houve ainda avanços significativos em Novo Hamburgo (cresceu 68%, com 99 novas internações nos últimos sete dias), em Lajeado (55%, agora com 34 pacientes) e em Passo Fundo, onde o avanço no registro de novas internações foi de 42% numa única semana. Em algumas regiões a situação foi atenuada pela melhora no indicador de leitos livres de UTI no Estado como um todo, indicador específico que agora está em bandeira amarela (582 leitos de UTI disponíveis no fechamento desta semana).
Modelo de cogestão
Desde a 14ª rodada, está vigente o modelo de cogestão, no qual as regiões Covid podem adotar protocolos menos restritivos à bandeira na qual estão classificados, mas no mínimo iguais à bandeira anterior. Para tanto, precisam elaborar planos estruturados próprios aprovados por no mínimo dois terços dos prefeitos e avalizados por uma equipe técnica. Até as 18h desta sexta-feira (21), oito regiões haviam aderido à cogestão: Canoas, Taquara, Novo Hamburgo, Pelotas, Passo Fundo, Palmeira das Missões, Porto Alegre e Capão da Canoa.
Os documentos devem ser encaminhados para o Gabinete de Crise exclusivamente via formulário eletrônico, com no mínimo 48 horas de antecedência do início da vigência do plano. O pedido de reconsideração à classificação da bandeira, que pode ser feito via associação regional ou pelo próprio município, também deverá ser encaminhado exclusivamente por meio de formulário eletrônico, no prazo máximo de 36 horas após a divulgação do mapa preliminar – ou seja, até as 6h de domingo (23).
A adoção de protocolos alternativos não altera as cores do mapa definitivo, que será divulgado após análise dos recursos pelo Gabinete de Crise, na tarde de segunda-feira (24). A vigência das bandeiras da 16ª rodada começa à 0h de terça-feira (25) e se encerra às 23h59 de segunda-feira (31).
Resumo da 16ª rodada
Para o total do Rio Grande do Sul, houve melhora na maioria dos indicadores, exceto em novas hospitalizações (+12%) e em número de óbitos (+3%). Com isso, foi registrado leve aumento no número de leitos livres (3%). Como consequência, a razão de leitos livres para cada ocupado por Covid-19 voltou a aumentar, embora se mantendo abaixo de um leito livre para cada ocupado. É preciso cautela para não permitir novas acelerações no número de internações pela doença no Estado.
Indicadores
– número de novos registros de hospitalizações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) de confirmados por Covid-19 aumentou 12% entre as duas últimas semanas (de 1126 para 1259);
– número de internados em UTI por SRAG reduziu 3% no Estado entre as duas últimas quintas-feiras (de 958 para 925);
– número de internados em leitos clínicos com Covid-19 no RS reduziu 5% entre as duas últimas quintas-feiras (de 964 para 920);
– número de internados em leitos de UTI com Covid-19 no RS reduziu 2% entre as duas últimas quintas-feiras (de 723 para 706);
– número de leitos de UTI adulto livres para atender Covid-19 no RS aumentou 3% entre as duas últimas quintas-feiras (de 567 para 582);
–número de casos ativos reduziu 8% entre as duas últimas semanas (de 7.469 para 6.837);
–número de óbitos por Covid-19 aumentou 3% entre as duas últimas quintas-feiras (de 353 para 365).
As regiões com maior número de novos registros de hospitalizações nos últimos 7 dias, por local de residência do paciente, são Porto Alegre (336), Caxias do Sul (155), Canoas (138), Passo Fundo (115) e Novo Hamburgo (99).
Veja mais notícias sobre CoronavírusGestãoRio Grande do Sul.
Comentários: