Sem tempo para vestir o pijama
“Fui para um resort no Nordeste exatamente na baixa temporada, pois queria tranquilidade e poucos hóspedes. Cheguei lá e o hotel estava lotado de senhores e senhoras da terceira idade”, confidenciou um cliente que retornava de férias na semana passada. Perguntei, se apesar de silenciosa, a turma era bem ativa. “E como!”, respondeu.
Esse não é exatamente um fenômeno novo. A hotelaria e o turismo ocupam as baixas temporadas com os clientes 60+. Como não têm a obrigação de viajar durante as férias escolares dos filhos, eles podem aproveitar o período onde as tarifas estão no mínimo 30% mais baratas. Desta forma, eles chegam a quase dobrar o tempo de permanência ou duração das viagens. Recentemente, realizei um trabalho com uma grande operadora de viagens e identificamos comportamentos bem peculiares dos turistas 60+. Eis as principais descobertas:
• 70% dos hóspedes de baixa temporada são 60+;
• 22% dos clientes nacionais da maior operadora do país são da terceira idade;
• Na filial de Sapiranga (RS), um terço dos clientes são 60+;
• Viajam em média duas vezes ao ano e um grupo importante chega a viajar três;
• Consomem serviços adicionais como city tours e gastronomia local.
Ficar em casa olhando TV definitivamente não é a opção dos novos 60+. E como poderia ser? Eles causaram a maior revolução comportamental de toda história entre os anos 1950 e 1970 quando testemunharam e acolheram o ritmo que mudou várias gerações e impacta nas atuais. Ou seja, para os vovôs e as vovós do Rock and Roll, uma passagem na mão e uma mala na outra são os símbolos maiores de como a vida deve ser.
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